Produtora é pioneira em projeto de acessibilidade em Pernambuco
Redação
Publicado em 04/04/2016 - 17h35
Em parceria inédita com a VouVer Acessibilidade, a Phono Produções, produtora pernambucana especializada em áudio que atua no mercado publicitário e audiovisual desde 2010, foi responsável pelas gravações, mixagens e edições das audiodescrições para os filmes integrantes da Mostra Cine às Escuras, que aconteceu no último mês no Recife.
Segundo o diretor da Phono, Justino Passos, este é um projeto pioneiro em Pernambuco em relação à audiodescrição mixada diretamente com o filme. "A Phono Produções investe em inovação e tecnologia com o intuito de movimentar a cadeia produtiva do cinema em Pernambuco. E a acessibilidade comunicacional, através da audiodescrição, é uma demanda cada vez mais crescente na produção audiovisual brasileira", pontua Justino. Ao todo, foram dez filmes, entre curtas e médias-metragens que receberam a faixa de audiodescrição para o festival. Atualmente, a grande maioria dos eventos opta por realizar a audiodescrição ao vivo, simultaneamente à exibição do filme. Porém, segundo Justino, estão não é a opção ideal, por se tratar de um formato de exibição que exige a presença de um audiodescritor no local e deixa a sua execução vulnerável à possíveis interferências externas durante a sessão. "Além de questões humanas, como a disposição do profissional e a possibilidade de problemas técnicos com a transmissão do áudio, a grande diferença em relação à audiodescrição ao vivo é que, no estúdio, o trabalho é feito por uma equipe de atores e audiodescritores com direção. A equipe acaba imergindo mais no universo daquela obra e ficando mais à vontade durante o processo", explica Justino. Desde 2014, a Ancine - Agência Nacional do Cinema regulamenta (através da Instrução Normativa nº 116, de 18/12/14) que todos os projetos os de produção audiovisual financiados com recursos públicos federais geridos pela Ancine deverão contemplar nos seus orçamentos serviços de legendagem descritiva, audiodescrição e libras. Justino Passos lembra, porém, que, na prática, o cinema nacional ainda dá seus primeiros passos em direção à acessibilidade comunicacional. "Apesar dessa normatização, ainda são poucas as obras e circuitos exibidores que realmente disponibilizam os recursos. Além disso, essa norma regulamenta apenas os projetos financiados pela Ancine, deixando uma lacuna em relação às demais produções", pontua. Deixe seu comentário
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