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Revista Luz & Cena
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Estúdio Aberto fecha sua 1ª edição com sucesso de público
Próxima edição deve acontecer em 2013
Louise Palma
Publicado em 21/06/2012 - 10h32
Divulgação
I Estúdio Aberto (Divulgação)
I Estúdio Aberto
O Estúdio Aberto, que aconteceu no último dia 16, reuniu quatro grandes nomes da indústria musical no Rio de Janeiro. Torcuato Mariano e Fernando Moura e os engenheiros Walter Costa (gravação e mixagem) e Ricardo Garcia (masterização), dividiram suas experiências com um público formado de pessoas em busca de aperfeiçoar seus conhecimentos e de profissionais atuantes no mercado.

"O time de palestrantes da 1ª edição dispensa apresentações. Cada nome foi escolhido com muito critério, e poder compartilhar suas experiências foi algo muito enriquecedor", lembra o jornalista André Iunes, editor do site Overdubbing e um dos organizadores do evento, juntamente com Luiz Helenio, coordenador do Iatec. "Esse tipo de iniciativa é inédita no país, pois conseguimos desmistificar alguns temas para os participantes, que vieram praticamente de todo o Brasil", lembra Helenio sobre a abrangência do evento.

Realizado no Iatec, o I Estúdio Aberto agradou a todos os presentes: "Tanto os participantes quanto os palestrantes ficaram felizes com o resultado, pois assuntos importantes ligados à produção musical foram colocados em pauta, inclusive com demonstrações ao vivo. É aprender com quem realmente faz na prática", explica Fernando Moura, organizador e curador do evento.

O produtor e guitarrista Torcuato Mariano iniciou o ciclo de palestras falando sobre sua experiência no mercado fonográfico e abordou, principalmente, os caminhos da composição. Ele ressaltou que o profissional dessa área não deve fazer distinção dos projetos que lhe são encomendados, encarando cada trabalho, independente do gênero musical, ou artista, sempre com o mesmo empenho e seriedade.

O evento continuou com a palestra do pianista Fernando Moura, que enfatizou o papel do arranjador, levantando os aspectos da profissão, com exemplos de produções feitas pelo músico para televisão e cinema. Para os músicos que desejam ser arranjadores, ele destacou o trabalho a serviço da música: "Não adianta trocar a harmonia, incluir acordes incríveis e você perder o ouvinte. A música pode se diluir e ir embora. É preciso dosar a quantidade de elementos que se pode usar em cada momento do arranjo", explicou.

Para falar de gravação e mixagem, Walter Costa enfatizou a importância de tornar o processo da mixagem o mais fluído possível, sem esquecer que a música trabalhada não é dele e deve atender às expectativas de seu compositor: "É muito fácil cair na armadilha do solo, tratando o material na sua frente como um apanhando de coisas separadas no qual você tem a função de juntar. A mixagem é compreender que aquela música pode ter outros ângulos na cabeça do artista. Para isso, é preciso compreender o seu processo de composição. O mixador tem a missão de fazer a música acontecer como foi pensado pelo produtor, ou artista".

Por fim, Ricardo Garcia falou da sua experiência à frente do estúdio Magic Master, destacando que é preciso muito jogo de cintura na hora de masterizar. "Existem três tipos de masterização: aquela que você gostaria de fazer, aquela que o artista deseja e outra que a gravadora estabelece. É preciso muita flexibilidade para definir o que melhor pode ser feito para cada situação requerida", exemplificou.

Segundo a organização do evento, a próxima edição do Estúdio Aberto está prevista para acontecer no primeiro semestre de 2013.
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