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Revista Luz & Cena
lançamento
O novo Pro Tools 10
Daniel Raizer
Publicado em 24/10/2011 - 18h42
Divulgação
 (Divulgação)
Durante a convenção da AES, que aconteceu entre os dias 20 e 23 de outubro em Nova York, foi lançado oficialmente o Pro Tools 10. A primeira pergunta que muita gente fez foi: é 64 bits? E a resposta foi: não, o Pro Tools continua sendo um aplicativo 32 bits, e muita gente ficou decepcionada. No entanto, o Pro Tools 10 funciona perfeitamente em ambiente 64 bits e com os drivers 64 bits de algumas interfaces de áudio. Ao final, isso é um ponto favorável para muita gente, se o Pro Tools 10 fosse 64 bits, os usuários que têm sistemas HD antigos compostos pelas interfaces legacy (aquelas com painéis azuis, como a 192 I/O) teriam que mudar todo o setup para as novas interfaces Avid só para ter o Pro Tools 10. Entretanto, a Avid já avisou que esta será provavelmente a última versão em 32 bits. Logo, você que achou que economizou agora, prepare-se para investir algum (alguns, devo dizer) em um futuro próximo e ficar na crista da onda ou ficar no 10 de 32 bits mesmo e ter a consciência de que vai ser a último para você, para sempre.

A partir de agora o padrão para quem trabalha com DSPs é o sistema composto pelas novas placas HDX e as novas interfaces Avid. Estas últimas já são conhecidas, portanto não vou falar delas, mas as placas são novas, têm 5 vezes mais poder de processamento e 4 vezes mais conversores que a série anterior. Contam agora com duas portas de entradas e de saídas cada uma e permitem até 64 canais de entada e de saída por placa com um máximo de 256 canais simultâneos entrando e saíndo do software (com no mínimo um sistema com 4 placas - um PT HD4). Ao máximo também pode-se ter 768 canais de mixagem (vozes ativas) na versão HD. Quem tem o sistema HD|Native pode ficar tranquilo, pois é totalmente compatível com a nova versão 10 e as próximas que virão (até um certo ponto, imagino...).



Alguns usuários de interfaces da Avid, M-Audio ou de outros fabricantes tem que ficar espertos também, pois a linha 003 e M-Box 2 não serão mais compatíveis quando o Pro Tools virar 64 bits, assim como a Control 24, Command 8, Pro Control e a já mencionada linha "azul" de periféricos HD também deixarão de ser. Por enquanto tudo funciona, menos a Digi 001, Mbox 1 e com certeza a Soundblaster 16 ISA.

Em termos de novidades no software, o frisson é causado pelas funcionalidades Clip Gain, fades automáticos e Disk Cache, principalmente. O Clip Gain é um fader posicionado no canto esquerdo de cada clip (novo nome das regiões) que serve para pilotar o volume do clip e em tempo real. Basta mover o fader para fazer ajustes no volume daquele pedaço. Se alguém quiser, é possível habilitar o envelope do Clip Gain e desenhar curvas de automação.



O fade automático também ajudou bastante, pois não são mais arquivos separados, não necessitam de processamento e atuam em tempo real. As áreas com crossfades inclusive permitem que se visualize as duas ondas sobrepostas direto no Timeline, facilitando a definição dos pontos exatos de entrada e de saída dos fades.



O Disk Cache em RAM é genial. Se você tem bastante memória RAM no computador o Pro Tools 10 (versão HD ou com o Complete Production Toolkit 2 apenas) pode carregar os arquivos nela (primeiro, os mais próximos do Play head) e assim a sessão fica mais leve e rápida; Solução perfeita para Notebooks.



O Pro Tools 10 também aceita trabalhar com sessões em 32 bits (ponto flutuante) diminuindo assim a incidência de saturação nos processamentos de clips via Audiosuite, o uso excessivo de dithering e também erros durante o processamento de plug-ins em tempo real.



Falando de plug-ins, a novidade é o formato AAX (Advanced Avid eXtension) que vem no formato DSP ou Native. O primeiro carrega-se no DSP da placa e o segundo usa o poderio do computador. Dessa forma agora os usuários que não tem DSP irão poder usar plug-ins que eram somente para sistemas TDM; felizmente os formatos TDM e RTAS ainda são compatíveis. Ainda. Os novos plug-ins AAX inclusos são o Mod Delay 3 (um novo delay), o Downmixer (mixer de 5.1 para stereo e mono), mas é o Avid Channel Strip, originário do Channel Strip da console Euphonix System 5, que rouba a cena. Este é um processador de dinâmica (compressor/expander/gate), equalizador, filtro e ajuste da ganho, próprio para ser insertado em todos os canais de áudio.



Fora isso o tamanho da Delay Compensation aumentou, as sessões aceitam arquivos de várias resoluções sem conversão, há um novo indicador de Solo e de Mute na Edit Window, a sessão agora tem extensão .ptx, pode-se exportar a sessão diretamente para a biblioteca do iTunes ou para o Sound Cloud, mas o bounce ainda não deixou de ser offline e, finalmente, a pasta Digidesign desapareceu cedendo lugar à pasta Avid.

Ainda há muito mais a ser comentado, pois existem muitas outras novas funcionalidades, mas não vai faltar oportunidade. Por enquanto estas já são suficientes para fazer a gente achar que o 9 é antiquado.
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