Aumentando a velocidade
Postado por Miguel Ratton em 26/01/2012 - 09h06
A tecnologia digital sempre foi um setor de aprimoramento crescente, em busca de componentes menores, mais rápidos e de menor consumo de energia. O aumento da capacidade dos microprocessadores é em grande parte uma consequência da demanda da indústria de software, sempre carente de mais poder de processamento para que possamos realizar mais coisas em menos tempo e, preferencialmente, a um custo mais baixo.
A miniaturização dos chips vem chegando a níveis extraordinários e já há quem duvide da continuidade da Lei de Moore (em 1965, Gordon Moore, um dos fundadores da Intel, afirmou que a quantidade de transistores dentro de um chip dobraria a cada dezoito meses). Um dos resultados diretos do aumento da densidade dos componentes é a capacidade cada vez maior de processamento e também a integração de funções. O 4004, primeiro microprocessador da Intel, continha 2.300 transistores e operava em 4 bits, enquanto um i7 atual contém centenas de milhões de transistores e opera em 64 bits, além de incorporar memória e outras funções. Desde que a comunicação de dados passou a fazer parte de quase tudo em nossas vidas, as indústrias de alta tecnologia têm investido pesado no aumento das taxas de transmissão. Vivemos hoje com tudo interligado digitalmente: internet, TV a cabo, celulares, redes WiFi, equipamentos de áudio e instrumentos musicais. E para que possamos fazer mais coisas, com melhor qualidade e gastando menos tempo, é preciso que os bits trafeguem com maior velocidade entre um ponto e outro. Eu tinha esperanças de que o padrão USB 3.0 (SuperSpeed), criado há quase três anos, fosse "decolar" no segmento de interfaces de áudio, já que permite transferir dados a cerca de 5 Gbps (gigabits por segundo; o USB 2.0 transfere a 480 Mbps). Mas, apesar da compatibilidade com o USB que usamos em inúmeros produtos e de já haver várias placas-mãe com USB 3.0 integrado, até hoje não vi um equipamento de áudio ou instrumento musical equipado com esse recurso. Mas, felizmente, a indústria de áudio não dormiu no ponto. Começam a surgir notícias de novos produtos incorporando o recente padrão Thunderbolt, desenvolvido pela Intel, que transfere dados a 10 Gbps (veja matéria na AM&T 236, de maio/2011). O primeiro equipamento a ser lançado foi a interface Apogee Symphony I/O. Nesta semana, no evento NAMM 2012, foram anunciadas a interface de áudio/vídeo HDX-SDI, da MOTU, e a interface de áudio Apollo, da Universal Audio. Parece que uma nova onda está crescendo no horizonte. Deixe seu comentário
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