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Revista Luz & Cena
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A Música Antes da Tecnologia
O Estúdio Be Bop Tem o que o Mercado Pedir, e Mais Ainda
Maria Martha Bruno
Publicado em 01/07/2002 - 00h00
Divulgação
 (Divulgação)
O cartão de visitas do novo estúdio Be Bop apresenta dez serviços, que vão de mixagem e gravação à finalização em 5.1 para DVD. Mas talvez o verdadeiro diferencial do estúdio não sejam estes serviços ou o seu espaço de mais de 1000 m², os equipamentos que se estendem por uma lista de várias páginas, nem seus três estúdios e cinco técnicas. O Be Bop está mesmo centrado na boa música, no áudio de qualidade e no conforto. Toda a infra-estrutura é apenas um suporte para isso. "Com um bom instrumentista, uma boa sala de gravação, uma boa acústica e um bom microfone, você não precisa de mais nada. Entre música e tecnologia, a gente fica com a música". Essa é a filosofia da proprietária do estúdio, Ana Lúcia Carvalho, que conta com as idéias do maestro Vicente Salvia (mais conhecido como Viché) para implantar um núcleo de produção, que procura garimpar a boa música e oferecê-la para o consumo da maioria, acostumada com o que é imposto pelo mercado. Na nova sede, há pouco mais de um ano instalada no bairro do Sumaré, em São Paulo, há ainda um núcleo de multimídia, que também pode atuar em qualquer projeto musical, além da gravação, mixagem e masterização: o artista pode sair do Be Bop com disco, capa, website e videoclipe na mão. As preocupações do novo Be Bop não passam por nenhuma erudição técnica e a atmosfera fria não encontra espaço no local: "A minha idéia é propiciar um conforto pra trabalhar direito. Desde o café estar quentinho, até o sofá ser gostoso de sentar, o equipamento ficar 'engraxadésimo' e o staff estar se conversando", destaca Ana. Kennedy Marques, o administrador do estúdio, resumiu bem o principal atrativo do estúdio: "O Be Bop tem uma característica de que todo mundo fala e não dá mais pra negar: todo mundo se sente bem aqui".

Mais Espaço e Menos Erros
A mudança da primeira sede, instalada em 1989 no bairro de Pinheiros, para o Sumaré, (ambos em São Paulo), foi o resultado de uma conjunção de fatores. Com duas técnicas e duas salas de gravação, o antigo Be Bop já estava dispensando trabalho por falta de espaço e de tempo. Paralelamente, o quarteirão que abrigava o estúdio estava sendo tomado de todos os lados por uma construtora, que fez uma oferta irrecusável para os proprietários do Be Bop, Ana Lúcia Carvalho e Marcelo Rossi. Depois de um mês de inquietação, os dois decidiram recomeçar do zero, e usar o dinheiro da venda do estúdio para iniciar um novo projeto. O local escolhido foi um achado. No Sumaré, eles encontraram uma área de 1500 metros quadrados que agora abriga muito mais que um estúdio.
No espaço existem dois lugares distintos: uma casa maior, de 650m² e outra menor, conhecida como "casa amarela", com aproximadamente 100m². A casa mais ampla abriga o estúdio A, ainda em construção: duas técnicas - uma em cima da outra, ambas com visão para a sala de gravação de 12 metros de pé direito - um espaço morto para um piano Bösendorfer de meia cauda, e o resto da sala com acústica reversível. Além do estúdio A, existe o estúdio B, com uma sala de gravação e uma técnica, e há ainda a sala azul (para mixagem, masterização, finalização em DVD) de 24m². Isso sem contar jardim, copa, banheiros, secretaria, recepção... Na casa amarela, o espaço é dividido entre a técnica, a sala de gravação e a recepção. Ao contrário da maior, a casa amarela não foi tirada do chão, pois já existia antes; no entanto, ela não fazia parte do terreno comprado, e era propriedade dos vizinhos. Em seis meses ela estava reformada e foi o primeiro apêndice do estúdio a funcionar. O complexo maior levou um ano pra ser construído e mais quatro meses de acabamento, para a primeira sala (estúdio B) ficar pronta.

Dois dias depois da trazer os equipamentos da antiga sede, a equipe do Be Bop já tinha gravação de clientes antigos nas novas instalações. Em janeiro de 2000, a sede do primeiro Be Bop parou de funcionar para o início das mudanças. "Começamos a história de novo, mas ela já vem cheia de experiência. Onde sei que errei lá eu não errei aqui", compara Ana, que imaginou que ficaria para sempre no antigo estúdio. Um dos itens primordiais no Be Bop é a manutenção. "Já tivemos épocas de muito trabalho e falta de tempo para fazer manutenção no estúdio antigo". Este é um dos erros antigos em que Ana não pretende incidir de novo; pequenos ajustes, que podem ir desde um pano furado na cadeira à lâmpada queimada, são feitos pelo próprio pessoal do Be Bop. E semanalmente, cada sala pára, quando uma equipe de manutenção checa e conserta tudo que for necessário.

Uma Nova Frente de Trabalho
Um outro produto, além da locação dos estúdios, está sendo vendido pelo Be Bop. Com um amplo espaço à disposição, toda a sorte de equipamentos e sobretudo idéias, o Be Bop pretende ser um núcleo de criação e produção no mercado musical. Ana, Marcelo e o maestro Viché estão desenvolvendo projetos que pretendem alcançar um público grande, sem prescindir em hipótese alguma de bom gosto musical. "Queremos melhorar um pouco a qualidade do que vai pro ouvido das pessoas, para que elas não tenham uma latrina em vez de uma orelha", critica Viché.
Ele era conhecido de Ana dos tempos do estúdio Cardan, onde ela trabalhou por dois anos antes de montar o primeiro Be Bop. Depois reger uma orquestra em uma gravação no estúdio no ano passado, Viché acabou ficando por lá até hoje. Compositor e arranjador, ele funciona hoje como um espécie de diretor artístico do estúdio; é dele a responsabilidade de analisar e guiar os novos projetos que chegam ao Be Bop para uma direção mais autêntica, sem que no entanto eles se excluam do canal de acesso ao mercado. Uma função que parece não estar sendo desempenhada pelas gravadoras: filtrar o que é realmente novo e interessante, para que então este produto possa ser vendido. Com uma gama de pessoas obrigadas a seguir as regras do mainstream, o objetivo é procurar o artista, ajudar a desenvolver uma modalidade para a sua música e então encaminhá-lo ao mercado. "Eu já vi o povão comprar coisa boa. Tem que pegar no coração deles e fazer uma triagem de bom senso. Não é elitizar o popular, é só dar um tratamento bom. A música pode cair no gosto das pessoas e ser bem executada; não é sofisticação no sentido de frescura", explica Viché. Com isso, eles pretendem despertar uma certa consciência social, levando-se em consideração que a música é um dos produtos culturais de maior vendagem no Brasil, e que fatalmente acaba sendo uma fonte de novas idéias e comportamentos (nem sempre felizes) da maioria da população. Por enquanto, entre os materiais que Viché têm nas mãos, estão o trabalho de um bancário que pretende ser cantor, e de um backing vocal de um artista famoso que flerta com a música sertaneja, mas que segundo o maestro tem potencial para outros sons. Para ele, a produção pode ser resultado de um consenso entre outras pessoas além do artista; e este consenso pode oferecer um produto inteligente e agradável para consumo.
Viché também tem uma experiência de mais de 30 anos no ramo das gravações publicitárias. Com o núcleo de multimídia, que conta com ilha de edição, setor de artes gráficas e web design, entre outros, o estúdio já está atendendo a agências de propaganda, produtoras de comerciais e diretores de longa metragem. Em um destes projetos, o Be Bop está fazendo toda a parte de comunicação visual interna para a empresa Nitroquímica, um dos braços da Votorantim. Vídeos de segurança e outros avisos destinados ao corpo de funcionários da própria empresa estão sendo produzidos lá. Até mesmo um concurso está sendo feito na Nitroquímica para escolher a melhor letra composta por um funcionário sobre a segurança no ambiente de trabalho; o vencedor terá direito a gravá-la no Be Bop, com o ritmo e a instrumentação que preferir, e vai sair de lá com alguns exemplares do seu "single" nas mãos.
Todo este projeto "paralelo" não é fechado. Com a chegada das idéias, o Be Bop vai tentar viabilizar o que for interessante, e achar um caminho para veiculação. A parte de criação está sob o comando de Viché, que não necessariamente participa da execução, mas orienta diversas gravações. "É um mar de navegação lenta. Não dá pra fazer nenhum projeto mega. Estamos tentando tirar a neblina do caminho", explica o maestro, que no momento tem alguns projetos em andamento que devem ser terminados em mais ou menos seis meses.


Interface Humana
Oito pessoas formam o staff fixo do Be Bop, além de mais dez outras, entre assistentes e engenheiros de gravação, que se revezam nos trabalhos. "Junto com a mudança de lugar, houve uma mudança da tripulação também. Apareceu uma garotada que já vinha trabalhando em outros lugares e veio trabalhar aqui", explica Ana. O funcionário mais novo, Rafael Callado, tem apenas 21 anos recém completos, e trabalha no Be Bop desde os 16. Com ele, existem outros que, apesar da pouca idade, possuem um conhecimento musical grande, associado à tecnologia das ferramentas dos estúdios atuais. Dois conhecidos antigos de Ana, Nico Bloise e Marcos Bueno (Maradona), que trabalhavam com ela no estúdio Cardan, também integram a equipe do novo Be Bop. No estúdio não houve um conflito de geração entre profissionais mais experientes e os mais jovens. O maestro Viché, além de outras funções, orientou muitos dos técnicos mais novos do Be Bop. "E teve ainda o pessoal que fez um upgrade em si mesmo", conta Kennedy Marques, administrador (engenheiro de gravação, link entre o estúdio e os artistas, entre os artistas e os proprietários....) do Be Bop.



Apesar de as instalações oferecerem total conforto para quem trabalha - o grupo De Falla ficou literalmente morando no Be Bop por mais de 20 dias enquanto concluía as gravações e a mixagem do seu novo disco - o mais valorizado no estúdio é o material humano. "A gente brinca aqui que o que manda é a interface, o que está entre a cadeira e o instrumento", conta Kennedy. Uma das principais preocupações é saber o gosto da pessoa, o tipo de sonoridade que ela deseja e como ela quer ouvir a sua música. Durante a sessão, a equipe vai conversando com o artista visando chegar a um produto final perfeito. "A meninada com quem a gente está trabalhando agora também tem a sensibilidade de envolver as pessoas no trabalho sem perder de vista o objetivo final, que é um som bom", destaca Ana.
Com as convencionais perguntas sobre equipamentos, tecnologia e toda a "literatura do áudio", o pessoal do Be Bop mostra que não fica a dever, mas apresenta o que falta em muitos que tentam ser "catedráticos": sensibilidade e bom senso. "A gente têm os equipamentos que todo mundo têm. Mas a tecnologia não é nada sem o material humano", afirma Ana, que admite que os estúdios acabam se tornando escravos do mercado.
Com isso, eles acabam tendo que comprar o que é mais requisitado pelos produtores. Mas isso não implica uma corrida exasperada pelo que é novo. No Be Bop, existe um critério coerente para a compra de equipamentos. Hoje em dia eles contam com dois Pro Tools Mix Plus de 24 bits, e Kennedy não se mostra muito interessado em trocá-los pelo novo Pro Tools HD. "É mais provável que a gente compre um terceiro Mix Plus do que um HD. Nós temos os verdadeiros microfones e amplificadores pra reproduzir. Daí não haver uma fissura de ter o melhor Pro Tools do mundo, mas sim o melhor som do mundo".
Marcelo Rossi, um dos proprietários, é o responsável pela pesquisa de novos equipamentos através da Internet e da imprensa especializada, a fim de incrementar o já extenso set-up de equipamentos. Sempre de uma forma coerente. Ao mesmo tempo em que todas as salas são equipadas com Pro Tools, há ainda mais três mídias disponíveis para gravação: ADAT, DA e fita de duas polegadas. Na verdade, não existe obsolescência no Be Bop, mas um acúmulo de equipamentos. "Somente o que não tem qualidade fica obsoleto", diz o maestro Viché. A própria fita de duas polegadas, ainda que uma das mídias mais antigas, foi recentemente utilizada por Marcelo Sabóia em uma gravação feita para o disco de Hebe Camargo, e sempre encontra um fã dentro dos estúdios. "Às vezes a gente tem um equipamento bem antigo com uma característica que nenhum novo possui", diz Ana.
As novidades do mercado são antes testadas pelo Be Bop, e sendo viável e sobretudo necessária a compra, ela é realizada. Foi assim com o Pro Tools LE, ainda no Be Bop antigo, e é que assim eles estão viabilizando a compra de uma Lexicon 960L para o estúdio A. O material humano também é necessário para organizar as sessões, que oferecem um intervalo mínimo de uma hora para botar a casa em ordem. Com um dia de antecedência, os funcionários entram em contato com o cliente para saber o que vai ser gravado, a disposição espacial dos músicos, e deixam a sala pronta para começar um novo trabalho. "A gente construiu uma casa de músico. O que é feito em volta da aparelhagem do estúdio é em prol deles" diz Kennedy. "A partir do momento em que o instrumento soa bem em um lugar e a gente tem a capacidade de captá-lo bem, não tem mais segredo nenhum em gravar. É uma questão de deixar a pessoa confortável, curtindo o que está fazendo. Entrar tenso no estúdio é só pra banda de trash metal", brinca o administrador do Be Bop.

Acústica Semelhante ao Antigo Be Bop
No entanto, entre os projetos essencialmente musicais, e a valorização da "interface", a equipe do Be Bop não pode escapar dos detalhes técnicos, que representam apenas uma ferramenta para o trabalho dos músicos e dos técnicos. O projeto acústico foi dividido entre dois engenheiros, José Carlos Giner (que fez a casa amarela e a sala azul, além de trabalhos no estúdio Midas, em São Paulo e no estúdio AR, no Rio) e Carlos Pires (responsável pelo resto do Be Bop), que já havia trabalhado na acústica da sede antiga. Carlos Pires também era conhecido de Ana pelo projeto feito no estúdio Cardan. Todos as salas são forradas com malha de chumbo e lã de vidro (em folhas e injetadas na parede), além de piso flutuante de borracha no chão, para segurar os graves e impedir a reverberação. A laje, acima do teto aparente, é incrustada de caixas chumbadas, e os ambientes possuem um live end grande. Na verdade, todo o projeto acústico é semelhante ao antigo Be Bop. Existem varais com lã de vidro pendurados para segurar os graves, e os difusores são de madeira, tipo RPG. Estes difusores apresentam uma seqüência de nove fendas com profundidades diferentes para cada módulo, que se repete para cobrir todo o espaço da sala.

A previsão é de que a maior das salas do Be Bop, o estúdio A, esteja pronta em agosto. Com 90m², a sala poderá abrigar aproximadamente 60 músicos, além do espaço nas suas duas técnicas, cada uma com 56m². Somente na casa amarela, cuja sala de gravação possui 80m², foram posicionados 22 músicos para a seção de cordas do último disco de Chitãozinho e Xororó. Ainda no estúdio A, o espaço onde será localizado o piano vai ser morto, todo absorvido. O resto da sala é vivo, e pode ser revertido com tapetes, tapadeiras ou descendo a persiana. Aliás, este é um detalhe singular do Be Bop: todas as salas de gravação - com somente uma exceção - podem contar com a luz natural de uma grande janela, que dá uma atmosfera menos fria para o trabalho dos músicos durante as sessões. Todas elas também possuem acústica reversível. "O Be Bop possui estúdios feitos para serem versáteis. O live e o dead end são versáteis. A acústica daqui é equilibrada. Você tem a possibilidade de matar se você quiser, ou deixá-las mais vivas. São soluções simples que podem ser feitas com acessórios", explica Ana.
O sistema de refrigeração é dividido para cada um dos estúdios. No B, que é suspenso sobre um declive do terreno, existe um espaço abaixo onde há várias casinhas. De cada uma delas, sai uma tubulação que alimenta uma sala. Para a casa amarela, o sistema é separado, próximo à própria casa. O isolamento da tubulação é todo feito com Bidim por dentro, para cortar as freqüências de grave; com isso, a manutenção para sugar a poeira é chamada uma vez por ano. Por fora dos tubos, há uma camada de isopor amarrada com cinta e outra camada de lã de vidro mastigada. A preocupação maior, além de refrigerar, é não deixar o som viajar através da tubulação e chegar dentro do estúdio. Existe a opção de deixar a sala de gravação menos resfriada que a técnica, que deve estar mais fria (por volta de 18 graus) por causa do calor emanado pelos equipamentos.
Os no-breaks também são separados por estúdio. Apesar dos picos de energia serem raros na área, os no-breaks são essenciais por causa do Pro Tools. No entanto, a equipe do Be Bop acham os estabilizadores de voltagem mais importantes que o no-break (que seguram a energia por 15 minutos, o suficiente para salvar os arquivos). Há um estabilizador para cada sala, e dentro do terreno existe um poste com um transformador por onde passa a energia para o estúdio. A formação do teto é semelhante àquela projetada no antigo estúdio. Entre o teto acabado e a laje, em todas as salas, existem diversos varais com placas de lã de vidro laminadas de um lado - os pedaços são cortados ao meio, as duas lâminas são grudadas, e são posicionadas as duas faces da lã com uma lâmina no meio. Estes varais são cruzados, na horizontal e na vertical. Como o pé direito do estúdio A tem 12 metros, nele também serão colocados bass traps, além desta estrutura, para cortar as ressonâncias de baixas freqüências.

Em todas as salas, não existe qualquer equalização artificial. O trabalho feito na construção das salas tem como objetivo uma equalização natural, prezada pela direção do Be Bop. Não houve necessidade de equalização artificial no monitor porque as salas foram feitas para serem flat e funcionarem bem. Para o pessoal do Be Bop, o monitor é o coração do estúdio. Na construção das casas, eles já sabiam quais os monitores seriam usados, e a partir daí as salas foram projetadas. Isso não significa que os monitores serão mantidos ad infinitum no estúdio. Em breve mesmo, os Tannoy da sala azul serão trocados por Genelec. A colocação do Tannoy foi um teste para ver se a sala se ajustava e também para aproveitar as caixas, que estavam paradas, tendo em vista que de antemão a escolha da Genelec já estava feita.

Planos Voltados Para a Música
Ainda sem funcionar com 100% da sua capacidade o Be Bop já está tendo que negociar horários com quem aparece para gravar. Mesmo com todo o aparato e o espaço disponível no estúdio, Kennedy Marques diz que o preço é competitivo, pois quanto maior o projeto, maior é a capacidade de flexibilizar o seu custo e viabilizar a produção. É desta forma que o novo disco do De Falla está sendo feito, assim como toda a seção de cordas do último disco de Chitãozinho e Xororó foi gravada no ano passado. Esta gravação foi inclusive considerada um batizado pela equipe do estúdio, tendo em vista que foi uma das primeiras e serviu como um teste para a nova fase. Graças à ampla área das salas, o Be Bop é propício para gravações ao vivo; os overdubs são raros. Na gravação do Exaltasamba, pelo menos 13 instrumentos foram captados. O mesmo aconteceu com o De Falla, e nas bases do disco do projeto da TV Cultura, Ilha Rá-Tim-Bum.
O novo momento do Be Bop está aberto ao público e ao mercado. Com um braço artístico recém formado, o estúdio aposta em outras frentes e pretende ajudar a alavancar novos nomes na música. Esta área, entretanto ainda está longe de ser o ganha-pão do Be Bop. A curto prazo, os planos são terminar a sala A e acenar para os clientes a fim de mostrar a nova cara do estúdio. Ninguém ali possui nenhum sonho de consumo voltado para qualquer equipamento, e preferem carregar todas as baterias para apurar a música de qualidade, venha ela da Ilha Rá-tim-Bum, de Chitãozinho e Xororó ou de um futuro cantor que neste momento está em uma agência bancária.

Serviço: Be Bop Produções e Gravações Artísticas
Tel: (11) 3873-4737; 3875-6106; 3875-1178; 3862-9502
bebop2multimidia@hotmail.com

Relação de Equipamentos - Estúdio Be Bop

Consoles
1 console Amek Mozart (Rupert Neve)
1 console Amek Hendrix (Rupert Neve)
1 console Mackie d8b
1 superfície de Controle Digidesign Pro Control
1 console Digidesign Focusrite Control 24

Workstation
3 computadores Power Macintosh G4
1 unidade Sincronizadora Digidesign USD
4 interfaces Digidesign 888
1 backup SCSI Rorke Data HD
1 MOTU MIDI Time Piece
1 Backup Rorke Data DDS
3 Pro Tools Mix Plus 24 bits - 5.1.1

Plugins
Antares Auto Tune
Line 6 Amp Farm
Bruno (Mono/Stereo)
D.Verb 5.1
Power Dither (Mono)
Maxim
Drawmer GCL
Drawmer ECL
Focusrite D2 - 2/4/6 Band
Focusrite D3 - Comp + Limiter
Focusrite D3 - Comp/Limiter
Short Delay
Slap Delay (Mono/Stereo)
Medium Delay (Mono/Stereo)
Long Delay (Mono/Stereo)
Bomb Factory - Classic Compressors
Fairchild 660
Joemeek
Pultec - Eqp-1A
Trim
Waves Renaissance Collection

Gravadores
1 Studer 24 Canais 827A com controle remoto
1 Otari MX 80 - 24 canais
1 Otari MTR 90 - 24 canais
1 Studer 2 canais 1/4"
4 DAT Otari DTR 8
2 DAT Tascam DA 40
1 Cassete Yamaha K1020
5 Alesis ADAT XT 16 bits
3 Alesis ADAT XT 20 bits

Monitores
4 JBL LSR 25P
5 JBL LSR 28P
Subwoofer JBL 28P
14 Yamaha NS 10
4 Tannoy DMT 215
2 Meyer Sound HD1
2 Mackie HR 824
2 Genelec 1038A
2 Tascam S-1010M

Fones
9 AKG 421
AKG K240
7 Sony MDR CD280
3 Sony MDR 7506

Processadores
1 Quadra gate Klark-Teknik DN 15
2 Quadra Gate Klark-Teknik DN 514
1 Korg SDD 2000
1 Korg DL 8000R
1 Behringer Ultra Bass EX 1000 Subharmonics
1 Exciter Bellari Stereo Tube BBE 862
1 Exciter Bellari Stereo Tube BBE 462
1 Roland SDE 3000
1 Roland SDE 1000
1 Roland SRV 2000
1 Roland DEP 5
1 Roland GP 16
1 Lexicon PCM 70
2 Lexicon LXP15
1 Lexicon 480L c/ remoto
1 Aphex Aural Exciter Type C
1 Digitec DHP 55
1 Digitec Studio Vocalist
1 efeito Yamaha SPX 1000
1 efeito Yamaha REV5
1 efeito Yamaha REV7
1 TC Electronic Digital Delay 2990
1 Eventide Harmonizer H3000
1 Ensoniq DP 4
1 efeito Alesis Quadraverb
1 Dynacord DRP 15
1 pré/comp/eq TL Audio Valve Dual
1 pré/comp/eq TL Audio Valve Tube
1 pré/comp/eq TL Audio Valve Ivory
1 pré/comp/eq. Manley Box
1 pré Avalon Valve Tube
1 pré Tubetech Mec 1
2 prés Amek Neve 9098
1 pré/eq. Amek Neve 9098
1 pré Neve Classic 1081
2 pré-amps para microfone Bellari RP 220
1 pré duplo Aphex Tubessence 107
1 pré VTP 1
2 prés dbx 586 Dual Vacuum Tube
2 prés dbx 286A
1 pré/comp/Eq dbx 160 SL
1 compressor Stereo Joemeek SC3  
2 compressores Amek Neve 9098 Dual
8 compressores dbx 160 A
2 duplo compressor/limiter/gate Drawmer DL 241
1 compressor duplo Valley People 610
1 multiprocessador TC Electronic  Gold Channel
1 TC Electronic Finalizer 96k
1 processador digital dbx DDP
1 processador digital dbx Quantum
2 compressores duplos Valley People 610


Microfones
2 Neumann TM 103
1 Neumann U 87
2 Neumann KM 85
2 CAD E200
1 CAD CA 89
1 Sennheiser 441U
4 Sennheiser 421
3 Shure SM 57
2 Shure Beta 57
1 Shure SM 58
4 Shure SM 81
2 Beyer Dynamic M88N
2 AKG D112
3 AKG C414
2 AKG C451
2 AKG C460
2 Crown PZM 30D
1 Audio-Technica ATM 25
3 Electrovoice ND 408B
1 Electrovoice RE 20
1 Electrovoice RE-27 

Há ainda outros equipamentos não relacionados nesta lista

 

 

 

 
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