A união entre a Associação Brasileira de Iluminação Profissional - ABRIP - e a AES Brasil, estabelecida no ano passado, trouxe mais conforto a expositores e ao público do segmento de iluminação e cenografia, que neste ano pôde, mais uma vez, conferir na AES Brasil Expo os principais lançamentos nas linhas de consoles, moving lights, refletores e painéis de LED, dentre muitos outros produtos espalhados pelos corredores do Pavilhão Amarelo do Expo Center Norte, em São Paulo.
Além das novidades no setor, o público presente também se beneficiou do tradicional Ciclo de Palestras, que contou com as participações de iluminadores como Osvaldo Perrenoud e Césio Lima.
CONSOLES MOSTRAM EVOLUÇÃO DE GERAÇÃO
No estande da Lighting Bits, distribuidora nacional dos produtos MA Lighting, o diretor da empresa, Daniel Ridano, apresentou os mais novos itens da família de mesas da empresa: os pequenos consoles Dot2 Core, Dot2 XL-F e Dot2 XL-B, além de dois módulos de expansão, Dot2 F-Wing e Dot2 B-Wing. "A nova série, voltada para aplicações de pequeno porte, como instalações teatrais, OB Vans e pequenos espetáculos, vem se mostrando, graças a seu preço mais acessível, uma excelente opção para quem deseja entrar no universo das MA", afirmou o executivo.

Na Harman, o especialista de produtos Amandio Costa apresentou diversos produtos da Martin, tradicional fabricante de consoles e moving lights. Na ocasião, o destaque ficou a cargo do M6, console da família M-Series, que, de acordo com ele, "controla, além de aparelhos convencionais e móveis, servidores de mídia, dentre outros". Composto por duas telas de 3,5", totalmente sensíveis ao toque, o equipamento fornece até 64 universos DMX por suas portas de rede e conta com dez faders motorizados, 12 faders adicionais e 17 codificadores para acesso de parâmetros.

Ainda no estande da Harman foram demonstrados os moving lights MAC Viper Profile, que, segundo Amandio, "funcionam com uma lâmpada de 1.000 watts e se apresentam como uma alternativa compacta aos aparelhos de 1.500 watts"; os MAC Quantum Wash, "que têm ótica de alta eficiência e trabalham em alta velocidade", e os MAC Quantum Profile, "aparelhos de 700 watts de potência que usam tecnologia LED e contam com funções como mistura de cores, entre outras".
No estande da CM do Brasil, o sócio-proprietário da Trust, Walter Silva, apresentou o CDM 0802-cw. "É um sistema de comando de motores elétricos que controla, individualmente, até oito motores, mas, se lincado a outros aparelhos semelhantes, pode controlar até 120 destas unidades", explicou o executivo, que marcou presença no estande da CM, onde também foram demonstrados diversos modelos de motores e talhas de sua própria linha.
E na Auratec, fabricante de estruturas como box trusses, entre outras, o diretor comercial da empresa, Petrônio Junior, apresentou módulos Q30 de sustentação de refletores e telas de projeção. A empresa, aliás, foi responsável pelo fornecimento de equipamentos para as montagens de grides no auditório onde foi realizado o ciclo de palestras da Lighting Week Brasil e do palco montado na área externa da feira para demonstrações de técnicas de alinhamentos de PA.
MOVING LIGHTS E "DERIVADOS" SE RENOVAM
Na Star Lighting, o diretor de marketing, Marcus Paes, apresentou alguns produtos fabricados recentemente pela empresa, como, por exemplo, o moving head Hot Beam 280W, que têm, de acordo com ele, diferenciais como dois prismas rotativos, sendo um de seis faces linear e outro de oito, 14 gobos fixos, nove gobos cambiáveis, disco de cor com 13 cores, zoom de 2,5° a 20°, foco ajustável, íris e frost.
E na linha complementar Marcos também apresentou as novas máquinas de fumaça da empresa, que dispõem da função hazer e simulam CO2; o DMX Hoist, uma talha elétrica gerenciada via DMX e desenvolvida para gerar mais dinâmica e movimentos em cenários, e os Domes - espécie de capas de chuva -, para proteção de moving heads.
No estande da HPL, conhecida nacionalmente pela representação da DTS, Felipe Silva, técnico especialista, demonstrou pela primeira vez em uma feira os equipamentos da Clay Paky, nova marca distribuída pela empresa. Dentre as novidades apresentadas por ele estiveram os aparelhos SuperSharpy e Mythos, além do estrobo LED Stormy.
"O SuperSharpy nada mais é que uma evolução do clássico Sharpy, porém, contando com uma lâmpada de 470 watts que gera o dobro de sua potência, enquanto que o Mythos é um aparelho que desempenha as funções spot e beam", disse. Ainda no espaço, Filipe destacou a qualidade dos movings DTS, como, por exemplo, o Evo, "que, assim como o Mythos, da Clay Paky, é um equipamento híbrido", e o NRG 1401, "um aparelho de LED equipado com o sistema FPR, que permite a rotação pan ilimitada em ambas as direções, sem a necessidade de inversão".
Na Gobos do Brasil, distribuidora dos produtos Lumidesk, Smoke Factory, LDR, Kupo, iLED e Sunlite, o diretor executivo Esteban Risso apresentou, entre outros itens, os moving lights R600, que, de acordo com ele, "são compostos por 37 LEDs de 10 watts, cada, e contam com zoom de 13 a 45 graus", além de uma série de ribaltas, refletores e painéis de LED da iLED, conectores Power Fit de diversas cores da Kupo e, claro, os kits de discos de gobos da empresa.

Na Robe Lighting, Guillermo Traverso, gerente de área na América Latina, apresentou o Robin BMFL Spot, aparelho lançado internacionalmente há um ano pela fabricante e que, segundo ele, deve a partir de agora figurar na maioria dos riders dos grandes espetáculos nacionais. Trabalhando com uma lâmpada de 1.700 watts e pesando somente 36 kg, o equipamento conta com dois discos de cores, com filtros que podem ser utilizados na tarefa de ajustar a temperatura da cor, e dois discos de gobos rotativos, cada um com seis posições slot&lock. "Tenho certeza que muita gente vai se surpreender com esse aparelho, que desempenha funções spot e beam como poucos", resumiu Guillermo.

Na Hot Machine, empresa que distribui produtos SGM e Vari*lite, o diretor executivo da empresa, João Alonso, apresentou novidades interessantes, como o Quadri LED, aparelho móvel de 164 canais que faz pan e tilt contínuo, e o Jarag LED, um módulo de 49 LEDs que, por ser vazado, funciona como grande elemento cênico em projetos diferenciados. "De baixo consumo e trabalhando com temperatura de cor de 2800 K, ele é montado como um tradicional painel de LED, com sistema de acoplamento modular", disse João.
Na All Tech Pro, o sócio-proprietário Alexandre Barrios demonstrou seu amplo catálogo na linha de iluminação profissional. Entre moving heads, máquinas de fumaça, estrobos, lasers e refletores e ribaltas de LED, o destaque ficou a cargo de um aparelho Spot LED de 90 watts. De acordo com Alexandre, "compacto, o equipamento de 16 canais DMX conta com gobos intercambiáveis e dispõe de 14 efeitos distintos".

E, por fim, na ProShows, distribuidora dos produtos PR Lighting, Avolites e PLS, os destaques ficaram a cargo dos aparelhos PLS Lancer Beam 5R, que contam com disco de 14 cores além de branco e efeito rainbow, disco de gobos com 17 cores além de branco e efeito flow, função de gobo motorizado com foco e pan de 540 graus e tilt de 265 graus, e do LED Blizz, um mini moving head composto por sete LEDs RGBW de 10 watts, cada, além dos PR 5000 Spot, um dos mais avançados da linha, que conta com zoom ajustável, sistema de mistura de cores, um disco de cores e dois de gobos rotativos com seis gobos intercambiáveis e um disco de efeito intercambiável.
CICLO DE PALESTRAS
Iluminadores compartilham conhecimento
O Ciclo de Palestras da Lighting Week Brasil foi, como de costume, bem movimentado, e levou ao público assuntos dos mais diversos referentes ao universo da iluminação. Dentre os palestrantes deste ano, destaque para o lighting designer Osvaldo Perrenoud, o "Oz", que propôs uma reflexão sobre o posicionamento da iluminação nos palcos, comentando conceitos como luz íntegra, luz pura, que atinge o objeto sem alteração, e luz filtrada, na qual há algo que a altera antes de chegar ao objeto, seja cor ou formato.
Quem também aproveitou a oportunidade para ministrar uma palestra foi o diretor de fotografia Césio Lima, que iluminou uma modelo utilizando, para isso, técnicas diversas de posicionamento e movimento de luzes, às quais atribuiu grande importância.
"São muitos fatores em jogo: a idade, os traços, a naturalidade. Portanto, é preciso pensar bem antes de ligar um refletor para iluminar um corpo feminino", disse ele, depois de comandar um verdadeiro show de iluminação em um número de dança da bailarina Kelly Campello.