RSS Facebook Twitter Blog
Revista Luz & Cena
Sonorização
Fé no som
As dificuldades e soluções encontradas na sonorização das igrejas brasileiras
Fernando Barros
Publicado em 01/10/2012 - 00h00

Considerado um país religioso, principalmente no que diz respeito à fé cristã, o Brasil ainda não se tornou referência na sonorização de templos. Para que nossos leitores saibam mais sobre o tema, a AM&T entrevistou técnicos especialistas na área, e estes apontaram as deficiências e as possíveis saídas para os problemas, além de apresentarem exemplos de bons projetos de sonorização de igrejas.

DIFICULDADES TÉCNICAS

Se o Brasil ainda não tem uma tradição em sonorização de espaços religiosos, é possível afirmar que as dificuldades encontradas pelos técnicos especializados giram, principalmente, em torno da inadequação acústica das salas. "Em sua maioria, os templos modernos são adaptações de prédios que foram construídos com outras finalidades. Nestes ambientes, geralmente em forma de paralelepípedo, há sempre sérios problemas de inteligibilidade", aponta o técnico de áudio David Fernandes, que desde 1995 atua em treinamento e consultoria, tendo desenvolvido projetos de áudio para diversas igrejas.

O técnico Aldemir Borges, o Novinho, dono de uma empresa de sonorização que leva o seu nome (ou melhor, seu apelido) e que já realizou trabalhos em diversas igrejas, acrescenta que nem sempre os líderes religiosos estão dispostos a investir no tratamento acústico destes espaços. "Muitas vezes querem que a solução seja obtida apenas com a aquisição de equipamentos", afirma. Para ele, os grandes erros encontrados em projetos de templos são a escolha de equipamentos inadequados, posicionamento errado de caixas de som, promessas de soluções incompatíveis com os valores investidos e falta de treinamento. "É muito comum as igrejas comprarem compressores e processadores de efeito sem que alguém saiba, de fato, como usá-los", completa David.

Já o técnico Vladimir Ganzerla, que possui vasta experiência em operação de som, já tendo trabalhado com nomes como Martinho da Vila e o grupo Canto Livre, e que hoje atua na empresa Teleponto como especialista técnico da Electro-Voice, afirma: é comum a falta de um projeto eletroacústico, e as instalações são realizadas sem qualquer noção de acoplamento e alinhamento do sistema.

Ele destaca ainda que a reverberação interna, juntamente com o coeficiente de absorção usados nos materiais de acabamento, podem ser pontos negativos para um som inteligível. "Há uma preocupação estética que muitas vezes compromete a funcionalidade do sistema. Colunas são colocadas em lugares errados, o pé direito muitas vezes é baixo, falta revestimento na acústica... Nem as poltronas são escolhidas levando-se em conta o ambiente", complementa Novinho.

O SOM NO PAÍS DA FÉ

David Fernandes avalia que há uma evolução incipiente na qualidade da sonorização de templos no país. "Algumas igrejas já entenderam a necessidade de melhorar este quesito, mas a maioria não. Acredito que as igrejas precisam investir na capacitação dos técnicos voluntários antes de gastar dinheiro com a aquisição de equipamentos. Não adianta ter uma Ferrari se você não sabe dirigir."



Novinho aponta que já existe uma grande procura por profissionais do ramo durante a elaboração de projetos de edificação. "Muitas igrejas já decidem, durante a concepção do projeto do local, o melhor sistema de som para aquele modelo de construção. Dessa forma, pode-se obter um resultado muito satisfatório. Os líderes de igrejas hoje estão mais antenados ao assunto, visitam outros templos para ter referência", destaca ele, acrescentando que, em muitos casos, tentam-se resolver problemas de sonorização com a troca de equipamentos. "Mas não há milagres nessa área. É importante ter uma boa relação com os lideres de igreja e firmeza ao apresentar um projeto, pois a igreja investirá uma quantia considerável e aguardará um resultado satisfatório", pontua Novinho.

Para Vladimir, os líderes das igrejas vêm compreendendo a necessidade de se ter uma boa sonorização dentro de seu templo, já que é por meio do som que há a disseminação da palavra pregada, seja por meio de palestras ou de músicas. "A relação com os líderes tem que ser totalmente profissional. Apresentamos um pré-projeto e explicamos todas as necessidades e também as dificuldades. Geralmente somos bem sucedidos e compreendidos", diz ele.



UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL

Para David, a solução da sonorização de templos começa na mudança da mentalidade dos envolvidos. "É muito difícil, dá trabalho e leva tempo. Levar informação às lideranças de igrejas e aos seus técnicos é fundamental. Tenho atuado nisso há vários anos e ainda não notei uma mudança favorável. Mas continuo insistindo."

Vladimir acredita que depois de uma sonorização feita sem a consulta prévia a um especialista, fica difícil resolver certos problemas. "Quando nos chamam para resolver este tipo de questão, adequamos o equipamento já comprado às nossas soluções. Inevitavelmente, a igreja irá gastar mais dinheiro para adequar o equipamento, mas na maioria das vezes obtém um bom resultado."

No caso de templos antigos com valor artístico e histórico, o técnico afirma que é necessário ter cuidado para que o equipamento não fique aparente e não interfira na arquitetura original. "Para isso, devemos utilizar sonofletores em locais distintos e com uma medição de tempos de delay feitas previamente, gerando, assim, uma boa e agradável qualidade de áudio, sem que notem seu ponto de origem."


SOM BATISTA

David Fernandes explica que as igrejas evangélicas têm por característica a variedade do programa de um culto, onde há música mecânica, música congregacional, banda com instrumentos eletrônicos, orquestra com cordas e sopros, coral, teatro, entre outras formas de expressão. "Levamos tudo isso em consideração na hora de pensar os projetos de acústica e áudio", afirma.

A Primeira Igreja Batista em Itaparica (PIBI), em Vila Velha, Espírito Santo, com capacidade para 450 pessoas, contou com projeto acústico de David Distler e sonorização do próprio David. "Na primeira etapa, optamos por baixar o SPL no palco, porque era o mais emergencial. Adotamos a monitoração por fones de ouvido e bateria eletrônica. No passo seguinte, procuramos caixas que tivessem um ângulo de cobertura mais estreito e colocamos difusores policilíndricos nos locais onde provavelmente haveria reflexões", explica David.


Considerando o pé direito e o comprimento da sala, foi instalado um sistema convencional da FZ Áudio, modelos 102HPA e sub18A. As caixas foram dispostas em dois clusters suspensos com duas 102HPA em cada um. O sub foi embutido no centro do palco. "A escolha do sistema foi baseada nos ângulos de cobertura mais estreitos das caixas (60° H x 60° V) e nos recursos de gerenciamento via rede", ressaltou. O console usado é o Roland V-Mixer M-400, tanto para operação de PA quanto monitoração, com dois multicabos digitais S-1608, que limitam o número de canais a 40, em vez dos 48 originais da mesa. A operação de monitor é feita utilizando o software M-400 Remote Control instalado em um notebook.

Os músicos utilizam nove fones de ouvido Koss Porta Pro com amplificadores Behringer PowerPlay HA4700. Já os vocalistas contam com monitores amplificados Oneal OPM620. "Para tentar preservar o timbre da guitarra sem aumentar o volume no palco, colocamos o amplificador de guitarra Line 6 numa sala fechada fora do local de culto e o microfonamos com um AT MB 2k. Enviamos, então, o sinal do amplificador captado para o PA e para o fone do guitarrista", revela. Outros elementos de palco incluem: duas direct boxes ativas Behringer DI-100, uma direct box ativa para guitarra Behringer GI-100, uma direct box ativa Samson S-Direct, uma direct box passiva Behringer DI600 e uma bateria Roland V-Drums TD-12KX.

O kit básico de microfones Audio-Technica é composto por um MB 1k para vocal, MB 2k para o amplificador de guitarra e três MB 3k usados nos backing vocals, todos dinâmicos. "Temos também um sistema sem fio ATW-2120, que é usado pelos preletores, além de alguns antigos da JTS e Leson, que são usados em programações que exigem mais microfones", completa. A Pentacústica também está presente, com o EQ-3002 e dois gerenciadores de energia: PC-8000 e PC-9003.

David, juntamente com a Sonora Audio Pro e o Faé Áudio, também realizou um trabalho de adequação de sistema para a Segunda Igreja Batista de São Mateus. "A ideia aqui foi diminuir sensivelmente o volume no interior da sala, incluindo o palco, para que a inteligibilidade melhorasse, já que intervenções na acústica do templo só deverão ser feitas em 2013 ou 2014", afirmou. Com capacidade de mil pessoas sentadas em um longo salão de 40 x 12 m, a igreja possuía problemas de reflexão e ondas estacionárias. "O tempo de reverberação beira a casa dos seis segundos", enfatiza.



No sistema foram usadas seis caixas Bose MA-12, sendo duas de cada lado do palco e mais duas alinhadas em delay na metade do comprimento da sala, duas caixas de grave MB-24, três amplificadores Lexsen, um console Roland V-Mixer M-400 e um gerenciador de energia Pentacústica PC-4000. O sistema de monitoração possui um HearBack, da Hear Technologies, PowerClick, e fones de ouvido Koss PortaPro e Mr Mix, além de monitores Bose M-310.

O kit de microfones é formado por seis dinâmicos cardioides AT MB 3k para o backing vocal, e dois sistemas sem fio Shure PGX com cápsula SM-58 para o lead vocal e preletor. "Colocamos também dois mics AT MB 4k, que é um condensador cardioide, para captar o piano: um mic sobre as cordas agudas e outro sobre as graves. O resultado foi uma sonoridade robusta e detalhada", avalia o técnico.

MESAS DIGITAIS GANHAM ESPAÇO

Aldemir Borges Novinho e sua empresa foram responsáveis pela sonorização da Comunidade Cristã Ministério Vida, localizada em Novo Gama, Goiás. O espaço comporta 800 pessoas. O sistema escolhido foi um line array Staner formado por três caixas LA 2811 ativas e processadas em cada lado, um subgrave SB-4000P e um processador dbx 260. A monitoração do ministério é composta por duas caixas JBL JRX112M, enquanto a dos músicos utilizam um sistema Powerplay Behringer de oito canais com fones Porta Pro Koss. Já o baterista usa Power Click Db 05 com fone Shure SE215, de melhor vedação. A Kadosh ficou responsável pelos microfones: um kit K-8 para bateria, seis microfones para vocal K-98 e um sistema sem fio UHF K581.

A mesa digital Yamaha 01V96VCM veio substituir a antiga Behringer 2442. "Ela tem uma grande quantidade de auxiliares e outros recursos, como salvar cenas para o uso de grupos diferente de louvor, equalizadores paramétricos, compressores, gates e efeitos. Foi oferecido um treinamento para dois membros da igreja que cuidam do novo sistema de som", explica Novinho. O responsável técnico da igreja é Agnelito Silva.

O SANTUÁRIO EM CONSTRUÇÃO

Vladimir Ganzerla e seus colegas da equipe Audio Premier, composta por Valdinei Jabá, Amauri Souza e Kadu Melo, realizaram o projeto da Igreja Batista de Água Branca, São Paulo, com capacidade para duas mil pessoas sentadas. "Usei o software LAPS II para realizar as predileções do local com os equipamentos. A sonorização foi pensada para a execução de bandas com destaque para a voz. A acústica não foi problema, pois o salão de cultos é uma lona de circo", explicou.

O sistema de PA instalado foi o line array EVA-2082S Electro-Voice com seis caixas EVA-2082s/126, duas EVA-2082s/1220, quatro subwoofers TX2181, quatro delay ZX5, e quatro XI-1082 de front fill. A amplificação ficou por conta de quatro CPS 2.12 no PA, um CPS 4.10 nos monitores e um CPS4.5 no front fill. A monitoração da banda é feita através de fones com sistema Powerplay Behringer, além de quatro monitores Yamaha BR15M.


Para a microfonação, são usados DPA d:fine, Countryman com transmissão Shure, além de dois kits Beyerdynamic Opus88, quatro Opus89, dois AKG C1000 e seis Superlux H08. "Os consoles utilizados são os conhecidos Yamaha LS9, expandidos para 48 canais para o PA, e o 01V para monitor. No entanto, os técnicos estão agendados para testarem a nova GLD80, da Allen & Heath", revela.

A Audio Premier também está à frente do projeto de sonorização do Santuário Theotokos Mãe de Deus, em Santo Amaro (SP), projetado pelo arquiteto Ruy Ohtake. Localizado em um terreno de 30 mil metros quadrados, o espaço, quando concluído, terá capacidade para 100 mil fiéis, sendo 25 mil na área interna e 75 mil na área externa. O altar tem cerca de cinco metros de altura e 20 de extensão. Serão colocados telões na parte externa para que as pessoas que estão mais distantes do altar possam acompanhar as celebrações.

Segundo Vladimir, todo o equipamento já está comprado e apenas aguarda a instalação, que deve ser iniciada em breve. O sistema de line array principal escolhido foi novamente Electro-Voice. São 36 XLD291, 32 subwoofers QRX218, quatro subwoofers aéreos XCS312, dez delays XI1082, dez front fill EVA 2082S/920, 12 PX2122 para sonorização da área externa, quatro processadores N8000 NETMax, 43 amplificadores CPS2.12MKII e 11 CPS2.4MKII, além de 59 interfaces RCM810 para a supervisão dos amplificadores.

Para o Padre Marcelo Rossi e Dom Fernando foram escolhidos microfones sem fio Shure UR4D com cápsula 87A. Para convidados, a opção foi pelo modelo Sennheiser EM 2050 sem fio, com transmissores UHF bastão com cápsulas SKM 2000 BKCW, e Sennheiser E945 para vocal. A bateria terá microfones Sennheiser E902 no bumbo, três E604 para caixa e tons, E614 para chimbal e over, além de dois E609 Silver para guitarra. A monitoração será feita por 10 XW12A e oito XW15A da Electro-Voice.

Tanto o PA quanto a transmissão para TV e internet serão feitas por duas Midas PRO3 com 48 canais de entrada e 16 saídas cada uma. Já a monitoração ficará a cargo de uma Midas PRO6 com 56 canais de entrada e 32 saídas. Todas interligadas digital e analogicamente através do Mic Splitter DL431, da Midas.



A NECESSIDADE DE UM PROJETO
por Miguel Ratton

A concepção de um sistema de sonorização não é uma tarefa intuitiva e, portanto, não pode ser realizada "por sentimento". Assim como na maioria das atividades técnicas, o resultado obtido, tanto na qualidade quanto na operacionalidade, vai depender diretamente de um planejamento prévio. Lembro-me de um catálogo de produtos de uma grande empresa internacional de áudio que ensinava a dimensionar um sistema a partir do critério "1 W por pessoa". Se fosse tão simples assim, todo sistema funcionaria maravilhosamente bem e a um custo muito baixo. Mas não existem milagres, pelo menos na engenharia de áudio.

A rigor, a concepção de um sistema de sonorização começa pela avaliação - e eventual intervenção - das condições acústicas do local onde ele vai ser implantado. Em muitos casos, esta é uma questão bastante crítica, porque atualmente diversas igrejas são construídas em espaços do tipo galpão e, por outro lado, as igrejas antigas têm concepções arquitetônicas acusticamente inadequadas, tais como paredes e pisos lisos, abóbadas etc.

A parte financeira é outra questão crítica. Muitas vezes não faltam recursos para o calçamento e a iluminação do estacionamento da igreja, mas o sistema de som é que sofre as limitações de orçamento. O mesmo acontece com a decoração interna, de tal maneira que um investimento alto em poltronas confortáveis pode ser menos questionado do que o custo de consoles, amplificadores e caixas acústicas. Felizmente, tem havido uma tendência à valorização do áudio, e os dirigentes das instituições estão cada vez mais conscientes da importância da qualidade e da confiabilidade do sistema de som.


Nos projetos que participo, sempre adotamos uma série de etapas, que vão evoluindo em complexidade e detalhamento. A concepção dos sistemas e, sobretudo, sua operacionalidade, é definida em conjunto com um representante da igreja, geralmente alguém envolvido com a operação do áudio.

Na fase inicial, se o local já está em uso, primeiramente são efetuadas medições acústicas para determinar o que é necessário ser feito para adequar o ambiente. Se a igreja ainda está na fase de projeto, ou mesmo em construção, são feitas recomendações quanto ao isolamento e ao tratamento acústico. É importante observar que, na maioria das cidades brasileiras, há leis municipais sobre conforto ambiental que estabelecem critérios de níveis de ruído urbano, algumas das quais com cláusulas específicas em relação a templos religiosos. Portanto, o primeiro aspecto que deve ser levado em consideração é o controle do nível sonoro para o exterior.

Ainda na etapa de concepção, são verificadas as alternativas para a localização das caixas acústicas, as necessidades operacionais do sistema quanto à quantidade de músicos, cantores, celebrantes, a disponibilidade de espaço para o console de mixagem etc. Ao mesmo tempo, são apresentadas as opções de produtos existentes no mercado que podem atender a essas necessidades. Uma vez estabelecidas as premissas com o representante da igreja, é desenvolvido um projeto e, a partir dos requisitos de nível e cobertura sonoros, são então definidos os tipos de caixas acústicas, caixas de subgraves, amplificação e demais componentes do sistema.

A documentação do projeto é fundamental, porque contém as especificações detalhadas de equipamentos, caixas acústicas, cabos, acessórios, as plantas com a localização desses equipamentos, o caminhamento de cabos, os diagramas de conexões etc. Esta documentação também apresenta um relatório técnico com os critérios que foram adotados para a definição daquele sistema. Um projeto desta natureza oferece todas as informações necessárias para se implantar o sistema e, consequentemente, permite otimizar o desempenho, dando uma ideia bastante precisa dos custos envolvidos e minimizando os problemas de montagem e instalação. É importante ressaltar também que o custo de um projeto dificilmente passa de 10% do investimento total feito nos sistemas de áudio. No entanto, a implantação de um sistema sem projeto pode fazer com que os custos sejam maiores, sem que haja garantia de bom desempenho.

Em igrejas novas, um dos problemas comuns é que o projeto do sistema de áudio só é contratado quando o projeto arquitetônico já está concluído, às vezes com a construção civil já em fase final, o que acaba limitando a concepção do sistema em termos de localização e posicionamento de caixas, house mix e equipamentos, além de dificultar as passagens de cabos e a otimização dos pontos de alimentação elétrica. Não é raro encontrarmos teatros e igrejas em que os equipamentos de áudio ficaram no único espaço que sobrou (veja a foto deste box), sem as condições adequadas para sua instalação. O ideal é que o projeto arquitetônico seja desenvolvido em conjunto com os projetos de acústica e de sonorização.

Na minha opinião, é preciso que haja um empenho maior dos profissionais de áudio para que sejam criadas normas específicas de âmbito nacional para instalações de áudio, a exemplo do que já existe em outras áreas técnicas. É curioso que, embora um sistema de sonorização envolva a manipulação de eletricidade em níveis de potência significativos, não se costuma dar a ele a mesma importância destinada às instalações elétricas em geral. No congresso da AES de 2009 apresentei uma proposta de norma técnica para ser discutida pela seção brasileira daquela entidade e estabelecer uma regulamentação apropriada no segmento de áudio. Esta proposta pode ser obtida no endereço www.informus.com.br/ftp/Recomend_para_inst_de_audio.pdf.

Miguel Ratton é editor técnico da AM&T


 
Conteúdo aberto a todos os leitores.