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Revista Luz & Cena
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Redação
Publicado em 03/10/2013 - 12h12
CINCO PERGUNTAS
PARA HENRIQUE MORAES ELISEI, CEO DA PENTACÚSTICA



Criada a partir de um trabalho acadêmico na cidade de Santa Rita do Sapucaí, Minas Gerais, a Pentacústica é uma conhecida empresa focada no desenvolvimento e fabricação de soluções para distribuição provisória de energia elétrica, já tendo passado pelos segmentos de áudio automotivo, broadcast, telefonia, comunicação de dados e áudio profissional. Em uma visita recente de alunos do IATEC à sede da Pentacústica, o CEO da empresa, Henrique Moraes Elisei, falou com a AM&T sobre a história e atuação da companhia, além de apresentar suas impressões a respeito do mercado.

AM&T: A empresa surgiu de um trabalho acadêmico. Como você vê hoje o ensino técnico no Brasil?

Henrique Elisei: No país, encontramos muitos engenheiros fazendo trabalho de técnico e poucos técnicos que sabem o que é um trabalho de técnico. Você absorve a mão de obra e ela não chega do jeito que deveria. A base de conhecimento não é sólida e dar uma especialização para o camarada sem que ele tenha a base não funciona. O ensino do trabalho acaba sendo uma dura tarefa. É algo que deve ser tratado de outra forma dentro da escola técnica e também na graduação.

AM&T: Por que, ao longo dos anos, a empresa mudou seu foco? E qual é a importância da distribuição segura de energia, especialmente em grandes eventos?

HE: Foi uma adaptação. Quando passamos pelo mercado de áudio automotivo, ainda não éramos uma empresa. No de broadcast, tivemos uma participação pronunciada e aprendemos muito, mas esse mercado sofreu uma reviravolta e não tínhamos uma capacitação comercial para acompanhar. Migramos, de maneira natural, para o segmento do pró-áudio, e lá nos descobrimos. Buscamos uma identidade nessa transição, e hoje ela está bem sólida. Nos firmamos como um fornecedor de infraestrutura para o showbusiness e também para segmentos como TI e broadcast. Sobre a importância da distribuição segura de energia, a palavra "segurança" se aplica de uma forma enfática nessa situação. Eletricidade mata. Preservar a vida, a saúde, o bem estar das pessoas é muito importante.

AM&T: Qual é o papel da empresa hoje no mercado de pró-áudio?

HE: Temos um papel importante, mas hoje estendo isso ao showbusiness. E por que o showbusiness? Porque temos laços estreitos com o mercado do pró-áudio. Temos uma história muito grande de desenvolvimento de produtos nessa área, mas isso foi ampliado. Hoje também temos uma quantidade grande de produtos sendo usados na parte cênica, de iluminação, em grandes estruturas de TI, na construção civil, na indústria, como um todo.

AM&T: A empresa fabrica de cabos e conectores a distribuidores, transformadores e patchs de áudio. Existe alguma linha que demande maior procura ou atenção?

HE: A ênfase maior de trabalho sempre foi a nossa linha de gerenciadores de energia, nascida lá atrás, com o PC8000, e que passou por um upgrade que resultou nos modelos da linha PM. Os gerenciadores traduzem a expertise da empresa.

AM&T: A indústria nacional evoluiu bastante nos últimos anos, no entanto, ainda hoje, nem tudo é fabricado por aqui. O que ainda falta para a total produção interna?

HE: Ainda há muito produto mal desenvolvido, muitas perguntas sem respostas, uma prestação de serviço que não é adequada. Isso tudo puxa a indústria nacional para trás. Eu não coloco a Pentacústica nesse meio, pois a gente busca a excelência técnica. Desenvolvemos tudo o que produzimos, e sem copiar ninguém, sem decisões empíricas. Cada parafuso colocado num produto, cada ponto de solda, é estudado. Em qualquer lugar do mundo há empresas com foco em dinheiro e outras com foco na solução, no desenvolvimento, na criatividade. No Brasil, temos mais do primeiro do que do segundo caso, mas há empresas sérias. Buscamos ter um país com mercados de pró-áudio e de showbusiness ativos e sérios, mas ainda temos um caminho muito longo a percorrer.

ROBE POINTE ESTREIA NA FESTA DO PEÃO DE BARRETOS


Cerca de 250 moving heads da Robe foram usados nos dois palcos principais na Festa do Peão de Barretos 2013, realizada durante 11 dias e noites de agosto na cidade de Barretos, São Paulo, e que contou com mais de 100 atrações, além da presença de um público de mais de 900 mil pessoas. Foi a primeira vez que o novo aparelho Pointe, da Robe, foi utilizado em um evento de tal porte. Para o fornecimento de equipamentos e produção técnica para o evento, mais uma vez a empresa Os Independentes, responsável pela organização da festa, contou com a Apple Produções, que também ficou encarregada da criação dos projetos de cenografia e iluminação, elaborados por Gabriel Pincel, lighting designer e gerente técnico da empresa, com a colaboração dos designers João Batista e Carlos Umbelino, também da Apple.

Os moving heads da Robe foram usados nos dois palcos principais e em uma gaiola que estava suspensa no meio da arena. Ao todo, contaram com 72 x Pointe, 24 x MMX Spot, 24 x LEDWash 600, 24 x LEDWash 1200 y 72 x LEDBeam 100, todos da série Robin, da Robe, mais 20 x ColorWash 1200E AT, 20 x ColorSpot 1200E AT e 10 ColorBeam 2500E AT. "O Pointe é um aparelho que atende às necessidades do mercado brasileiro. Gostei tanto que já adquirimos 60", afirmou Gabriel Pincel. Edivaldo Magoo, sócio-proprietário e representante de vendas da ELO Iluminação de São Paulo, parceira da Robe no país, também se mostrou agradado, destacando que, apesar de trabalhar há dez anos com os movings da Robe, segue sendo surpreendido com os lançamentos da marca.

Para dar suporte adicional às bandas, a Apple montou um estúdio de programação que contou com três consoles grandMA2 light, um grandMA2 ultra-light e três Command Wings, além de dois MA VPU e dois MA NPU, com supervisão de Paulo Lebrão, da MA Lighting do Brasil, parceiro da Apple e já em sua quinta participação na festa.

CORRIGINDO
Na edição 264 da AM&T, as fotos do Estúdio Fusão são de Woody (Studio Woody) e de Bobby Rodriguezz (Pinnacle Broadcast). A direção de arte ficou por conta de Thiago Bianchi.
 
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