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Revista Luz & Cena
Editorial
Hi-Tech coisa nenhuma
Sólon do Valle
Publicado em 01/12/2003 - 00h00
É engraçado ver como as coisas um dia ditas de alta tecnologia logo ficam obsoletas e são esquecidas. E ainda mais engraçado quando, passadas algumas boas décadas, elas ressuscitam, são redescobertas, re-amadas e viram vintage!
Ao mesmo tempo, prestem atenção em como coisas que hoje parecem tecnologicamente avançadas são, na realidade, arcaicas se pensarmos no tamanho do Universo e na extensão do Tempo.
Quer um exemplo? O avião. Um Jumbo ou um Concorde lhe parecem modernosos? Nada disso. Um avião é um trambolho. Precisa de quilômetros de pista para sair do chão ou para voltar suavemente a ele. Tente embarcar num avião sem aquela escadinha ou sem aquela minhoca de aeroporto. Impossível!
Pelo menos, o avião anda em três dimensões. Se o piloto vê uma nuvem ameaçadora, pode passar por cima dela. Os super-carros turbo, com câmbio automático inteligente, motor assistido por computador, não resistem a um engarrafamentozinho: têm que parar, pois são incapazes de operar na terceira dimensão.
Um ônibus espacial, quando consegue chegar lá em cima inteiro, precisa de uma infra-estrutura incrivelmente cara e complicada para sair do chão.
Para falar no celular, você tem que colocar a maldita bateria para recarregar. E não consegue se comunicar se não houver uma antena por perto.
Televisão, cinema, rádio, refrigeradores, computadores, carros, foguetes, robôs, tudo isso são velharias.
Pense que, algum dia, a Humanidade não precisará de veículos para viajar. Não precisará de telefones nem de ondas de rádio para se comunicar. Nem de dinheiro para provar seu status. Talvez não precise nem mais de corpo para viver.
Aí sim, teremos saído da Idade da Pedra.

 
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