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Revista Luz & Cena
Show
SWU 2011
Uma rápida análise da segunda edição do festival
Jomar Schrank
Publicado em 09/01/2012 - 14h51
Divulgação
 (Divulgação)
Pouco mais de um mês após o Rock in Rio, o festival SWU - Starts With You - chegou à sua bem-sucedida segunda edição seguindo os preceitos de sustentabilidade. Mas o mais importante foram as mais de 70 atrações musicais em três dias de evento na cidade de Paulínia, interior de São Paulo. E o som que produziram.

A estrutura do evento foi montada com três palcos, sendo dois principais, Energia e Consciência, e o New Stage, para shows menores, além da Heineken Greenspace, uma tenda dedicada à música eletrônica e a seu público.

Apesar da venda limitada de ingressos, um total de 180 mil pessoas lotou o espaço dedicado ao evento, de 445.000 m2, nos dias 12, 13 e 14 de novembro de 2011 para ver e ouvir o seleto line-up de artistas como Peter Gabriel, Snoop Dogg, Faith no More, Lynyrd Skynyrd, Zé Ramalho e Ultraje a Rigor.

Os dois palcos principais, gigantes de 22 metros de altura cada, foram posicionados um em frente ao outro, paralelos a uma arquibancada mais próxima ao palco Energia, ocupando todo o espaço de ponta a ponta. A sonorização foi feita pela Gabisom e todo o backline de equipamentos ficou a cargo da Só Palco.

Ao todo, foram 100 toneladas e 700 mil watts de som ligados e parte da eletricidade foi fornecida por geradores movidos a biodiesel, o que mostra que as ideias de sustentabilidade promovidas pela organização do festival não ficaram apenas no campo das ideias.



Como os shows de nenhuma das atrações dos dois palcos maiores ocorreram simultaneamente, não houve problemas de vazamento de som entre ele. Por outro lado, o som vindo da tenda eletrônica, apesar de distante dos palcos principais, podia ser ouvido entre as músicas. A tenda Heineken foi posicionada em frente ao palco New Stage, que, de costas para a lateral do palco Energia, não impedia que o som chegasse ao público.

O P.A. usado nos palcos principais foi o JBL Vertec Series modelo VT 4880A. Cada torre foi composta por 16 caixas e seu posicionamento foi diferente em cada um dos dois palcos principais, de modo a chegar de forma clara àqueles que estavam assistindo às apresentações nas arquibancadas - espaço que não existia na primeira edição do festival.



Além das duas torres L e R, mais uma torre, posicionada à esquerda do palco Energia, foi direcionada a esse público. O resultado foi o desejado, e o som pôde ser ouvido pelo público que disputava lugares na arquibancada, lotada todo o tempo - principalmente quando a chuva caiu forte. Vale destacar que no domingo, dia 13, uma pancada de chuva chegou a atrasar shows e a mudar a programação. Uma das consequências dessa alteração da agenda todos já sabem: roadies do Ultrage A Rigor e de Peter Gabriel chegaram às vias de fato por causa de questões relacionadas a horário e arrumação do palco.



Como complemento, torres de delay foram colocadas entre os dois palcos e permitiram ao público ouvir os shows em alto e bom som em toda a área. Ao final dos três dias de evento, o saldo da qualidade sonora do evento foi, de fato, positivo.



O sucesso do SWU 2011 já garantiu sua versão 2012, a ser realizada no mesmo lugar, com a mesma estrutura, conforme anunciado pelo publicitário Eduardo Fischer, presidente do Grupo Totalcom, responsável pela organização do festival.

"Deve acontecer em setembro ou outubro de 2012, para evitar as chuvas de novembro", destacou Fischer, que também cogita que o festival passe a ter quatro dias. Um dos motivos, segundo o empresário, seria comportar a quantidade de bandas que desejam se apresentar. "Hoje, as bandas estão se oferecendo para tocar no SWU", afirmou.
Tags: SWU
 
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