Editorial
Rapel, Drafting e Áudio
Sólon do Valle
Publicado em 01/12/2004 - 00h00
Há pessoas que sonham com uma vida tranqüila: um emprego onde não precisem trabalhar muito para receber algum no fim do mês, viajar sempre para o mesmo sítio no interior, um televisor com poucos botões, um churrasco com amigos no fim de semana e nada mais. "Pra quê complicação?", dizem eles.
Outras pessoas curtem aventuras. Não é que precisem se aventurar para ganhar a vida, ou lutar por algum ideal difícil de se atingir: é porque têm a tal sede de aventuras. Não toleram uma vidinha sem emoções fortes, sem sustos, sem momentos de dificuldade. Amir Klink, Che Guevara e Michael Schumacher. Estes sujeitos não seriam, ou teriam sido, mais felizes exercendo profissões "normais" e levando vidas tranqüilas e seguras?
Claro que não. Klink tem que cruzar oceanos sozinho, Guevara tinha que lutar pela liberdade dos povos e Schumacher precisa da velocidade para respirar.
De certa maneira, nós, do Áudio, também gostamos de viver perigosamente. Pilotar o som de um show para 100 mil pessoas é uma fonte caudalosa de adrenalina. Mixar uma superprodução, tomar decisões sobre o produto final, é realizar uma cirurgia de alto risco. Projetar uma casa de espetáculos para 5 ou 6 mil pessoas é jogar muito alto. Encarar uma sala de aula não é coisa para fracos. Viajar, trabalhar em cidades distantes, com gente desconhecida, é aventura para esportista radical nenhum botar defeito.
Todos os envolvidos em produzir esta revista somos aventureiros. Conscientes, é claro, mas cheios daquele espírito que empurra os descobridores para frente.
Venha conosco na saga do Áudio!