Foi reaberto, no dia 14 de dezembro de 1999, num evento restrito aos profissionais da área, o estúdio Anonimato, localizado em Santa Cecília (em frente ao Theatro São Pedro), capital paulista. O resultado de três anos de construção e montagem é um projeto em que muitos aspectos de áudio e acústica foram exaustivamente analisados. As novas instalações impressionam quem conheceu o estúdio "88", originariamente inaugurado em 1988 para ensaio e gravação. O "88" foi reformado, ganhou novo equipamento (inclusive um link com o novo ambiente) e continua funcionando na parte original da casa de 1903, que teve a fachada restaurada.
O novo estúdio, chamado "99", foi construído atrás do "88", no térreo do prédio de cinco andares que abriga escritórios, salas de edição e manutenção, bar e terraço. A sala de gravação possui um teto móvel, possibilitando diferentes resultados acústicos num mesmo local. Com ajuda dos monitores Westlake, um projeto em 5.1 ou 7.1 pode ser finalizado. Também está disponível uma lista de microfones raros e caros, como o Sony 800-G, o Soundfield MK-V e o Telefunken/ Neumann U-47.
À frente da iniciativa, os sócios Clement e Freddy Zular (irmãos) e Paulo Malca de Carvalho, que entrou na nova fase. Clement é flautista e estudou harmonia, contraponto e regência. O interesse pelo áudio era paralelo, fazendo com que optasse profissionalmente pelas sessões de gravação, sem contar as parcerias com o também técnico Egídio Conde, proprietário da Audiomobile, firma especializada em registros ao vivo. Freddy aprendeu violino, tocou bateria e foi técnico de P.A.. Paulo é tecladista, baixista e violonista e também produz em seu home studio. Estes são alguns dos motivos que justificam esta detalhada reportagem de capa sobre Anonimato Estúdios. Boa leitura!
Pé Direito Deveria Ter Exatamente 6,03 Metros
Em 1996 teve início o projeto do novo estúdio. A parte que abrigava escritórios e uma sala de ensaios foi demolida, mas o estúdio 88 continuou gravando. A fachada - em estilo português - foi restaurada. Vários profissionais participaram: arquitetos, engenheiros, técnicos em estruturas, ar condicionado e instalações de áudio. Os projetos de acústica, design, cabeamento, áudio e equipamento foram concebidos por Clement. A decoração do restante do prédio ficou a cargo de Freddy. Na nova concepção, a técnica mediria 38m² e a sala de gravação, 44m².
Foi realizado um tratamento de solo contra cupins para garantir a longevidade de todo o madeiramento das instalações. Para os sócios, era vital que a área de gravação fosse instalada no nível térreo para haver melhor definição nas baixas freqüências. Obviamente, a fundação foi preparada para as diversas camadas e soluções acústicas que seriam montadas acima dela.
Blocos estruturais (pintados com tinta impermeabilizante) de 20cm, mas com espessura de 35mm ao invés dos tradicionais 25mm, foram preenchidos com areia para aumentar a massa. Em seguida, as paredes também receberam areia. O próximo passo foi construir um contrapiso convencional. "A dificuldade foi conscientizar os pedreiros que o pé direito final entre contrapiso e laje deveria ter precisamente 6,03 metros", informa Clement. As medidas deveriam atender às razões de altura, largura e profundidade corretas para uma perfeita distribuição dos modos e eficaz resposta em baixas freqüências. "Uma pequena falha na construção das paredes externas de sete metros de altura colocaria tudo a perder. Ali não se poderia deixar cair massa para não "curtocircuitar" acusticamente as paredes do estúdio com as dos vizinhos", complementa.
Começa então a construção dos seis pisos flutuantes. Cerca de 43 brocas de fundação, isoladas das fundações do prédio, foram fixadas. Sobre cada uma instalou-se um apoio em neoprene. Preenchendo os espaços entre esses apoios, (com exceção do espaço destinado às canaletas para passagem de cabos) foi colocado isopor com densidade suficiente para não ser esmagado pela concretagem. Todo o perímetro foi desacoplado com isopor, todas as junções vedadas e, por precaução, uma lona plástica cobriu todo o isopor e o neoprene, finalizando com uma segunda vedação.
A etapa seguinte consistiu na confecção da ferragem dos pisos. Quarenta nervuras fazem parte da sua complexa distribuição de forças. A ferragem não podia furar a vedação, pois se o concreto vazasse, invalidaria o trabalho. Segundo Clement, foram quase dois me-ses de dedicação só nos pisos. Todo o interior (paredes, teto e piso) recebeu forro de telas metálicas soldadas a cada 50cm e conectadas ao aterramento, formando uma blindagem (gaiola de Faraday) contra RF e interferências. A estrutura recebeu materiais de isolamento como lã de rocha, Isolante Super, MDF (espécie de madeira densa) e chumbo.
No Estúdio, Cadeiras Aeron Hermann-Miller, Iguais à do Apresentador Jô Soares
Fachada restaurada do estúdio: paredes de 45 cm do início do século contribuem para o isolamento acústico
Seis estruturas independentes foram construídas, cada uma sob seu respectivo piso: técnica, antecâmara de passagem, sala isolada, aquário, apoio dos monitores e estúdio. Na própria estrutura (piso e paredes) ficam as quatro canaletas de passagem para o cabeamento, que variam entre 50 e 60cm de largura por 25cm de profundidade. Elas circundam a área central da técnica (é possível acessá-las) e cada uma tem uma função distinta: rede de com-putadores e telefone, AC, sinal para amplificadores e sinais de áudio. Os sinais de áudio correm por outra canaleta, distantes de todo o AC.
Todas as seis partes do sistema estão montadas em cima de amortecedores de vibração, calculados de acordo com a freqüência de cada máquina para que a vibração não seja transmitida para a estrutura das instalações, comprometendo o estúdio. Outro cuidado foi com relação às conexões hidráulicas e elétricas, que possuem juntas flexíveis. Todos os canos estão separados das paredes por meio de apoios em borracha. Este piso ainda abriga pequenos dutos de ar condicionado que vão direto para os racks, a fim de resfriarem o equipamento. "A gente consegue ter o equipamento frio e não aquela sala pingüim", comen-ta Clement. Ele afirma que não há risco de os periféricos sofrerem uma condensação, pois cada saída de ar pode ser controlada e os racks possuem termômetros.
Para oferecer conforto aos técnicos, foram adquiridas duas cadeiras Aeron Hermann-Miller, projetadas para a NASA. São freqüentes em estúdios do exterior e possuem 10 ajustes diferentes que se adaptam a qualquer pessoa (Jô Soares utiliza uma da mesma marca). Uma curiosidade: as portas possuem sensores que indicam ao técnico se estão realmente fechadas.
O estúdio "88" conta com ADATs, Pro Tools Digi 001, console Yamaha O2R, monitores Westlake e Tannoy, além de uma bateria Yamaha Stage Custom e amps Marshall e Peavey
Acústica Alterna-se Em Superfícies "Mortas" e "Vivas"
Terminada e preenchida, toda a estrutura que daria forma às paredes foi fechada com lã de rocha, estrutura metálica, lã de rocha, Isolante Super e madeira. A partir dali foram colocadas as peças para o tratamento acústico. Na técnica, pela largura do terreno, não foi possível angular as paredes. O paralelismo foi quebrado com o desenho do tratamento acústico. Perguntado sobre a ideologia da técnica, Clement responde: "Versatilidade". O local alterna-se entre superfícies difusoras e absorventes. "Nenhuma primeira reflexão de nenhum dos monitores chega ao ouvido do engenheiro de gravação. Existem concepções diferentes por ser uma sala projetada para surround, na qual o som vem de todas as direções, diferente das monitorações convencionais, em que o som vem exclusivamente de frente", afirma.
Um grande (e nada convencional) difusor convexo confeccionado em chapa de metal calandrada cuida da dispersão no fundo da sala. Para evitar que o metal não ressoasse, uma espessa camada de EVA (borracha com densidade média) foi colada atrás do difusor. Esta borracha foi pressionada com PVC expandido. Na parte visível da parede, tiras de madeira trançada de dez centímetros fazem a difusão de freqüências altas. Intercalam-se com partes cobertas com um tecido que não é especial, mas, segundo o sócio, atendeu bem as expectativas. Lã de rocha arremata a absorção atrás do tecido.
Clement garante que as dimensões e os cálculos da técnica foram suficientes para não causarem problemas com baixas freqüências. "Partimos para um projeto perigoso, pois não colocamos Bass Traps (cavidades absorventes, usadas para absorver todas as freqüências), porque eles geralmente são frontais ou traseiros e nós temos graves vindo de todos os lados da sala", justifica.
Técnica Possui 13 Monitores B&W, Westlake, Tannoy e Yamaha
A quantidade de monitores também chama a atenção neste empreendimento: cinco B&W Matrix 803-2 para surround 5.1 (e mais duas para 7.1), dois subgraves B&W ASW-800, duas Tannoy 215 DTM II (main), duas Westlake 10 (midfield) e duas Yamaha NS-10 (nearfield). Ainda existe a possibilidade de se usar o L/R B&W como monitoração convencional. O sub pode ser o ".1" ou cada um pode ser derivado do L e do R. Os monitores ma-in (instalados na parede) estão apoiados no seu centro de gravidade por amortecedores de vibração (quatro amortecedores de borracha cada) calculados de acordo com o peso e a freqüência de vibração das caixas.
A monitoração mid está afastada e desacoplada da console, não transmitindo vibração e evitando reflexões na superfície, além de impedir cancelamentos. A monitoração surround foi direcionada de modo que se mantivesse a resposta de freqüências. Por conta da diretividade das B&W, seus apoios tem inclinação e as caixas surround L e R foram instaladas verticalmente invertidas. Uma plataforma motorizada será colocada para que a caixa central possa ser abaixada quando estiver fora de uso. Clement afirma que, em breve, um sistema de chaveamento será fabricado para solar, mutar e fazer várias combinações de monitores. Será montando com relês ao invés de peças eletrônicas. Desta forma, garantirá uma referência mais pura.
Teto Móvel de Meia Tonelada Pode Variar Entre Dois e Seis Metros de Altura
A seguir, o ambiente de gravação. O "aquário", fabricado em vidro convexo, tem função de difusor acústico (um vidro de cada lado e outro no meio). Acima dele, um outro difusor cilíndrico perfurado com a logomarca do estúdio.
Entretanto, é na parte superior da sala de gravação que 17 difusores em forma de cunha aguçam nossa curiosidade. São aparentemente iguais, mas na verdade têm formato, tamanho e funções diferentes para não ressoarem na mesma freqüência. Na parte inferior, mais oito difusores (no sentido horizontal) estão posicionados de forma alternada, com absorção entre eles para eliminar o paralelismo. Na parede oposta, três painéis móveis conferem mais opções ao ambiente. Quando fechados funcionam como superfícies refletoras e, quando recolhidos, expõem a superfície absorvente que está atrás deles.
As 17 peças compõem um teto móvel de meia tonelada, que sobe e desce (varia entre dois e seis metros), permitindo mudar o tamanho da sala de "grande" para "pequena". O teto é suspenso por quatro cabos ligados a um motor e contrapeso. Ao mesmo tempo é possível abrir e fechar as suas 17 partes móveis na quantidade que se desejar. Quando fechadas, proporcionam difusão (sala "viva") devido à sua superfície lisa e seu formato arredondado em forma de canoa. Quando abertas, o som penetra no teto, encontrando uma camada de absorção (sala "morta"), além da parte interna das peças, que também absorve.
Este sistema praticamente controla o tempo de reverberação da sala. Como exem-plo, o teto pode estar baixo e aberto (sala "abafada"), alto e também aberto (sala maior e menos "abafada"), na altura máxima e fechado (sala bem "viva"), sem contar as combinações com os painéis laterais.
Para quem prefere gravar ao vivo dentro do estúdio, o Anonimato pode abrigar músicos em sete locais independentes: antecâmara de passagem para a técnica, sala do artista (situada num mezanino dentro da técnica), técnica, antecâmara de passagem para a sala de gravação, cabine de voz e sala de gravação. A área inferior do mezanino da sala de gravação pode virar uma sala semi-isolada se for fechada com as quatro tapadeiras disponíveis (cada uma possui um lado que absorve e outro que reflete). O mezanino superior também pode ser utilizado.
Energia Elétrica, Ar Condicionado e Aterramento
Três diferentes redes de AC distribuem energia para o prédio. Uma é o AC Técnico, que parte de um transformador/estabilizador/no-break on line de 15 kVA (da marca Guardian, nacional) dotado de um banco de baterias para mais de uma hora de autonomia. Ele foi colocado longe do estúdio para evitar problemas com campos magnéticos. O AC Técnico é distribuído por meio de canaletas e tubos metálicos aterrados. Há também a rede para a iluminação e para as tomadas de serviço. Aparelhos de 220V possuem um outro transformador, exclusivo para esse fim.
A iluminação é setorizada. São 32 chaves, próximas ao técnico de gravação, com a possibilidade de controle da intensidade de cada setor. Pode-se configurar a iluminação de todo o estúdio e técnica.
Um sistema formado por duas máquinas de ar condicionado Hitachi (alimentam técnica e estúdio independentemente) foi posicionado no quarto pavimento. Estão sobre molas metálicas (amortecedores). "O sistema é redundante (compressores, bombas, condensadores etc). Mesmo que pare parcialmente, a outra máquina é mais que suficiente para atender às necessidades", declara Clement.
O ar é insuflado a velocidades baixas (dois metros por segundo), para não gerar ruído. Os dutos passam por atenuadores (colmeias de metal, lã de vidro etc.) que foram confeccionados de acordo com a medição de ruído no local, não por cálculo teórico. Um decibelímetro da Brüel & Kjaer com filtros em oitavas indicou o espectro do ruído que deveria ser diminuído. As tubulações têm partes flexíveis e são apoiadas por molas de borracha. Com o intuito de evitar grandes variações de temperatura, o sistema foi calibrado para oscilar ± 0,5º (é indispensável para os cantores e para manter a afinação dos instrumentos acústicos).
Como o teto móvel da sala de gravação possui altura mínima de dois metros, as saídas de ar condicionado estão posicionadas justamente neste limite. No mezanino, uma boca especial garante o resfriamento naquela área, caso seja necessário transformá-la em cabine (através de tapadeiras).
Ocupando toda a área, foram instaladas dez hastes de aterramento (de cobre), interligadas entre si por cabos de 35mm. Cada cabo possui chicotes que foram direcionados de acordo com a necessidade de cada equipamento. As conexões foram feitas pela técnica denominada Exosolda, na qual os contatos são fundidos. Ademais, os cabos receberam cober-tura de silicone. Complementando o aterramento, a construção está envolvida por uma gaiola de Faraday, evitando interferências e RF.
Microfone Soundfield MK-V Pode Reprocessar o Som Durante a Mixagem
A diversificação cada vez maior de formatos de gravação fez com que o Anonimato investisse boa quantia nesta área. O novo Pro Tools 24 Mix Plus versão 5.0 (e boa quantidade de Plug Ins), uma Pro Control (superfície de controle) com 16 faders e três interfaces 888 de 24 bits cuidam da gravação digital não linear em hard disk. Os controles são visualizados em dois monitores de 21". O backup (formato DDS-3) e "queima" de CDs são processados num computador dedicado, liberando estas tarefas do computador principal. Seis gravadores digitais (48 canais) Alesis ADAT XT-20 (ligados em digital e analógico) são utilizados com duas consoles Yamaha O2R. Encontra-se também disponível um gravador Tascam DA-98 (8 canais). Para os amantes do analógico, um Fostex E-16 (1/2" e 16 canais). Está programada a chegada do gravador analógico Otari MX-80 (2" e 24 canais).
A sala destinada à guarda de microfones tem temperatura e controlada, evitando a condensação de umidade nas cápsulas. Fazem parte modelos considerados padrões e outros mais raros (e caros...). O famoso Telefunken/Neumann U-47 valvulado, restaurado pela firma americana Blue, incluindo a fonte da empresa - segundo especialistas, de melhor qualidade que a original. O Sony 800-G, valvulado, é aplicado em voz e possui um radiador por onde circula um líquido que resfria a válvula, mantendo a temperatura constante.
O Soundfield MK-V possui quatro cápsulas (e um pré-amp) e tanto pode gravar voz quanto orquestra. Por meio de seu processador analógico é possível girá-lo eletronicamente por 360º, apontá-lo 45º para cima ou para baixo e aproximá-lo/afastá-lo da fonte sonora. "A grande vantagem é o pós-processamento do próprio microfone. Se algum instrumento não ficou bem gravado, eu o aproximo do instrumento e reprocesso o sinal na mixagem", explica Clement. Segundo ele, este é o único modelo no Brasil.
Para finalização de shows e filmes, o estúdio conta com uma tela de 82" e um projetor Sony LCD, além de um televisor de 38".
Cabeamento & Distribuição de Sinal
Todo o cabeamento foi feito utilizando-se cabos Mogami (analógicos e digitais). Um link com o estúdio 88 permite transferência de trabalhos e gravações simultâneas. Os patches foram montados por Milton e Márcia Lange e a instalação ficou sob responsabilidade da equipe do estúdio. O equipamento está distribuído em nove racks (160 U). Próximos à console, para um acesso direto, localizam-se quatro racks: gravadores, pré-amps, periféricos, patchbays e interfaces. Existem dois racks para os amplificadores de potência e um exclusivo dos ADATs, com apoios deslizantes para que se possa puxar o gravador du-rante a manutenção. Para as duas CPUs e hard disks, dois racks blimpados anulam a emissão de ruído. O rack mais distante comporta todo o equipamento que é acionado por controle remoto.
Todos os espaços do estúdio possuem painéis de conexão (aceitam conectores XLR3 e banana estéreo). Os dez painéis (com tie lines) vão para o patchbay e para a mesa. Cada painel possui 12 pontos, sendo que os das salas menores possuem quatro pontos. Em todos eles existe um par de cabos, separado do multicabo, chamado "link". São paralelos ao estúdio inteiro, ou seja, passam por todos os pontos da instalação, podendo ser usados como entradas ou saídas.
Um sistema de distribuição de headphones da Furman foi dividido por todos os am-bientes. São 13 mixers HDR-6 individuais, de seis canais, com duas saídas cada, para que cada músico possa personalizar a mixagem de seu fone. A instalação foi customizada, sendo distribuída para todos os painéis, diferente do sistema original, no qual se interliga mixer por mixer com cabos externos. Próxima às consoles também há um HDR-6 permanentemente instalado para que o técnico de gravação possa fazer a mixagem de fone com a mesma referência do músico.
Serviço
Anonimato Estúdios: pré-produção, gravação e mixagem (em estéreo, 5.1 e 7.1)
R. Albuquerque Lins, 200, São Paulo - SP.
Tel: (11) 3662-2001/ fax: (11) 3662-1555
E-mail clement@anonimato.com.br
Site www.anonimato.com.br
Equipamento Estúdio 88 - Anonimato
Técnica - 10m²
Sala de gravação - 24m²
Console
Yamaha O2R
Gravação
Glyph DDS-3 Tabletop DAT Backup Drive
Pro Tools Digi 001
3 Alesis ADAT XT-20
Fostex E-16 (1/2")
DAT Panasonic SV-4100
Tascam DA-30
Tascam 112 (cassete)
Monitores
Westlake BBSM-10
Tannoy PBM-8
Amplificadores de referência
2 Bryston 4B ST PRO
Alesis RA-100
Equalizador
White Paramedic 24
Sincronismo
MOTU Digital Time Piece
Processadores
dbx 266
Yamaha SPX-900
Roland SRV-2000
BBE 422
Pré-Amplificadores
Neve 9098 Dual Mic Pre Amp
Aphex 107 Tubessence
Microfones
AKG Solid Tube
AKG C 414 B-ULS
2 AKG C 480 CB61
AKG D-112
2 Shure SM-57
4 Shure SM-58
2 PZM Realistic
Amplificadores de Instrumentos
Marshall Valvestate 8040
Peavey Bandit 65
Instrumentos e Módulos
Yamaha DX-7
Bateria Yamaha Stage Custom
Alesis D-4
E-MU Proteus
Fones
2 Sony MDR-7506
10 AKG 240-M
Furman HDS6 Headphone Distribution System
5 Furman HR6 Headphone Remote Mixing Station 6 Channel
Direct Boxes
Whirlwind
Outros
Denon CD Player
Pick-Up Technics SL-2900
Monitor Sony 10" KV-9400
A RELAÇÃO DE EQUIPAMENTO DO OUTRO ESTÚDIO
Equipamento Estúdio 99 - Anonimato
Técnica - 38m²
Sala de gravação - 44m²
Superfície de controle
Pro Control + Fader Pack Expansion
Consoles
2 Yamaha O2R
Gravação
Pro Tools
Otari MX-80
6 Alesis ADAT XT-20
Tascam DA-98
Fostex E-16
Marantz CD R620 CD Recorder
Panasonic SV-4100 (DAT)
Tascam DA-30 MK II (DAT)
Sony PCM R-700
Sony MDS-JE510 (MiniDisc)
Tascam 122 MK II (cassete)
Sincronismo
MOTU Digital Time Piece
MOTU MIDI Time Piece
Digidesign USD
Alesis BRC
Aardvark Master Sync Generator
Aardvark Sync DA World Clock Distribution
Monitores
Surround
7 B&W Matrix 803 Series 2
B&W ASW-800 Subs
Estéreo
2 Tannoy 215 DTM II (main)
2 Westlake BBSM-10 (mid/ near)
2 Yamaha NS-10M (near)
Amplificadores de referência
2 Bryston 4B ST Pro
Hafler TransNova 9505
Hafler TransNova P-1500
Crown Studio Reference 1
MacIntosh MC205
Processadores
Manley Stereo Variable-Mu Compressor
2 dbx 1066
Lexicon 480 + LARC
Yamaha SPX 990
Yamaha SPX 900
Roland SRV-2000
Roland Space Echo 201
Roland 501
BBE 822
Aphex Type C
Digitech Studio Vocalist Ex With Digital I/O
Pré-amplificadores
Neve 9098 Dual Mic Pre Amp
Neve 9098 Mic Pre Amp Eq
Manley Dual Mic Pre Amp
Manley Vox Box
Aphex 107 Tubessence
Focusrite Red 7
Summit TPA-200B Dual Tube Mic Amplifier
Tube-Tech MP 1A Mic Preamp
Soundfield MKV
Equalizador
White Paramedic 26
Microfones
Soundfield MK-V
Telefunken U-47 Blue
Sony C-800G
2 B&K 4011
2 B&K 4006
2 Coles 4038
2 Neumann KM-184
4 Sennheiser 421
Sennheiser MD-441
Sennheiser MD-416
2 Sennheiser MKH-70
AKG C12VR
AKG Solid Tube
2 AKG C 414 B-ULS
2 AKG C 414 TLII
2 AKG C 480 CB61
2 AKG D-112
Audio Technica AT-4033
Audio Technica AT-825
Beyer M-88
4 Audix D-2
8 Shure SM-58
4 PZM Realistic
Crown SASS-B
Audio Technica AT-4033
Audio Technica AT-825
2 ElectroVoice RE-20
Pro Tools 5.0
3 888 24 I/O Interface
USD
6 Digidrive
Glyph DDS-3 Tabletop Dat Backup Drive
Plugins
Audiosuite Inserts
D-FX D-VERB Amp Farm mono
compressor Auto Tune mono
limiter D - Verb mono
gate D - Verb (mono/ estéreo)
1 - Band EQ II Dither mono
4 - Band EQ II compressor mono
FF D3 mono expander / gate mono
FF D3 estéreo gate mono
Invert 1 - Band EQ II mono
Duplicate 4 - Band EQ II mono
Normalize FF D2 1 - 2 band mono
Gain FF D2 4 - band mono
Reverse FF D2 6 - Band Mono
DC Offset Removal FF D3 compressor/ limiter mono
Time Compression Expansion FF D3 compressor/limiter mono
Pitch Shift Game Enc (mono/estéreo)
C1 Gate estéreo Short Delay mono
C1 Gate mono Short Delay (mono/estéreo)
De-Esser estéreo Slap Delay mono
De-Esser mono Slap Delay (mono/estéreo)
IDR estéreo Medium Delay mono
IDR mono Medium Delay (mono/ estéreo)
+ L1 Ultmax Long Delay mono
L1 limiter estéreo Long Delay (mono/ estéreo)
L1 limiter mono Pitch Doctor mono
Maxx Bass - estéreo Sur Pan mono
Maxx Bass - mono Time Adjuster mono
Renaissance EQ 2 estéreo C1 Gate mono
Renaissance EQ 2 mono De-Esser mono
Renaissance EQ 4 estéreo DLA mono
Renaissance EQ 4 mono C1 DLA mono
Renaissance EQ 6 estéreo Ultra Pitch - DLA mono
Renaissance EQ 6 mono L1 DLA mono
+ S1 - Stereo File Only IDR mono
S1 Stereo Shuffler L1 limiter mono
S1 Stereo Imager Maxx Bass mono
S1 MS Renaissance EQ 2 mono
Super Tap 6 - Tap estéreo Renaissance EQ 4 mono
Super Tap 6 - Tap mono Renaissance EQ 6 mono
Super Tap 2 - Tap estéreo Supertap 6 - Tap Mod mono
Super Tap 2 - Tap mono Supertap 6 - Tap 6 Sec mono
True Verb mono Supertap 2 - Tap Mod mono
+ C1 comp-gate estéreo Supertap 2 - Tap 6 Sec mono
C1 comp-gate estéreo Trueverb mono (mono/ estéreo)
C1 comp-gate mono C1 C/G mono
C1 comp-sidechain mono C1 comp/ Sidechain mono
C1 comp-sidechain estéreo C1 Comp Mono
C1 compressor estéreo Meta Flanger (mono/estéreo)
C1 compressor mono Meta Flanger mono
Metaflanger estéreo Mondomod mono
Metaflanger mono Mondomod (mono/estéreo)
Mondo Mod estéreo PS22 Spread (mono/estéreo)
Mondo Mod mono PS22 Split (mono/estéreo)
Q10 estéreo PS22 Spread (10) (Mono/estéreo)
Q10 mono PS22 Xsplit (mono/estéreo)
Q8 estéreo Q1 mono
Q8 mono Q2 mono
Q6 estéreo Q3 mono
Q6 mono Q4 mono
Q4 estéreo Q6 mono
Q4 mono Q8 mono
Q3 estéreo Q10 mono
Q3 mono R - compressor mono
Q2 estéreo
Q2 mono
Q1 estéreo
Q1 mono
R - compressor estéreo
R - compressor mono
Outros plug Ins
Antares Auto Tune
DINR
TC Tools
Dolby Surround Enc-Dec Bundle
Masterlist CD
Waves TDM Bundle
Machine Control
Outros
DVD Sharp
Denon CD Player
Korg Tone Works afinador
Behringer Ultra Curve
Pick-Up Technics SL 2900
Pick-Up Technics SL-QD3
Ortofon Pré amp p/ Pick Up
Monitor Toshiba 38"
Sony LCD Projetor VLP S9000U
Tela Da-Lite 82"
Amplificadores para Instrumentos
Marshall Valvestate 8240
Gallien Krueger 400-RB
Instrumentos e módulos
Yamaha CP-70
Bateria Yamaha Recording Custom 9000
Alesis DM-5
Fones
30 Sony MDR 7506
2 AKG 240M
AKG K-501
Furman HDS6 Headphone Distribution System
13 Furman HR6 Headphone Remote Mixing Station 6-Channel
Direct Boxes
2 Countryman Type 85
2 BSS AR-116
2 Klark-Teknik LBB-100
2 Boss
Conteúdo aberto a todos os leitores.