Editorial
ANO NOVO, SÉCULO NOVO, MILÊNIO NOVO
Sólon do Valle
Publicado em 01/01/2001 - 00h00
No final de 1999, isto é, há um ano e pouco, eu reclamava de toda a mídia que anunciava o "Novo Milênio" como iminente. Pois, de fato, agora é que começa o Terceiro Milênio! É claro que a mídia percebeu o "engano" e ataca de novo com a mesma história!
Mas desta vez é para valer. Feliz Ano Novo, Feliz Século Novo, Feliz Milênio Novo!
"As esperanças se renovam" (aspas propositais) mais uma vez. Será que os seres humanos vão descobrir que o amor, junto com algum dinheiro limpo, é que constrói? Será que os políticos corruptos vão desaparecer (qualquer maneira é válida)? Será que São Nicolau (=Papai Noel) tomará de vez o lugar de seu xará "Lalau"? Será que o pobre ficará menos pobre? Será que teremos saúde e educação para todos? Acabará a guerra no Oriente Médio? Ou acabará o Oriente Médio? E será que o músico será mais respeitado?
As perguntas se sucedem, e é preciso cuidado para não enveredarmos pelo pessimismo, justamente neste momento em que entramos em nova era. Nova era? Para os cristãos, certamente. Os povos de outras culturas e religiões não estão nem aí para o novo milênio dos que crêem em Cristo!
Sou cristão de família, mas estou meio cético em relação a essa festança toda. Penso que, se não arregaçarmos as mangas e metermos as mãos no trabalho, não vai ser Deus quem vai consertar o mundo. Depende de nós mesmos uma vida melhor, mais paz no planeta, mais justiça.
O Rock in Rio III é um exemplo do que se pode obter com trabalho e profissionalismo: um evento que, em sua primeira edição há quinze anos, foi tecnicamente coordenado e executado por es-trangeiros, atinge a maturidade sendo totalmente made in Brazil. Pe-na que os artistas brasileiros não sejam considerados como merecem...
Mãos à obra, e um próspero Milênio Novo!